Muita saudade da minha mãe… Saudade tem sido um - TopicsExpress



          

Muita saudade da minha mãe… Saudade tem sido um sentimento constante na minha vida, mas sempre tem um periodo que a gente está mais vulnerável a um sentimento específico, né? Sinto que de um tempo para cá, tenho sentido muito mais saudade da minha mãe do que eu pudesse pensar que sentiria. É uma saudade assim que não dá para explicar em palavras. É um sentir falta até das broncas, sabe? Querer estar com ela só mais um pouquinho! Felizmente, não sou daquelas pessoas que diz: “Depois que a gente perde é que a gente dá valor!“, pois eu sempre dei muito valor à minha e sabia que o dia que nós nos separássemos, ela iria me fazer uma falta absurda. Mas é que agora que a separação é concreta, parece que a dor é bem maior do que eu poderia imaginar! É, acho que é isso… às vezes eu sinto tanta, tanta saudade que até dói o meu peito! Eu costumava dizer para ela que eu a amava tanto que até doia… agora, quando converso com ela nas minhas orações, eu digo que eu continuo amando, só que agora o que dói é a saudade… De tudo o que eu sinto saudade, o que mais me faz falta é ter alguém para conversar! Sim, eu sei que tenho muitas pessoas por perto, tenho meu irmão, posso contar com muitos ouvidos… mas ninguém é igual!!! Sabe aquelas coisas que você já está acostumada a falar com determinada pessoa? Aquelas coisas que você só comenta com a sua mãe? Chegar em casa e contar as coisas e, mesmo que você queira ficar falando durante 1 hora, ela vai estar ali escutando e prestando atenção… Xingar alguém, mesmo sem razão e ela xingar também só para te dar força, mesmo que depois ela te mostre que não precisava aquilo tudo… Contar as novidades e ela vibrar junto… São pequenas coisas, sabe… pequenas mesmo… mas que fazem uma diferença tão grande e que às vezes a gente só percebe quando simplesmente elas não existem mais. É saudade… que dói e que não tem como remediar. Não é tristeza, é só saudade! Vontade de estar perto, de abraçar, de agarrar, de conversar… Se você ainda tem sua mãe por perto, não deixe essas pequenas coisas passarem assim do nada… aproveite para que quando ela não estiver mais aqui, você possa, pelo menos, saber que aproveitou tudo o quanto podia… eu fiz isso, graças a Deus!!! ●๋• ●๋• ●๋• ●๋• ●๋•●๋• O texto que acabei de escrever foi um desabafo total. E como que por uma obra do destino, quando acabei de escrever, li o e-mail que a Carlinha me enviou (brigadinha, Carlotinha!) com a definição de saudade, extraído do artigo do Dr. Rogério Brandão, Médico oncologista. Preciso compartilhar com vocês esse texto lindo que me fez soluçar de tanto chorar. (É o choro que lava a alma… eu estava lavando a minha!) A vida passa pela nossa frente e às vezes a deixamos escapar pelos dedos. Com a sensibilidade à flor da pele, os deixo com as palavras de um anjo: “Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional (…) posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além. Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional… Comecei a freqüentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria. Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças. Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano! Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção. - Tio, – disse-me ela – às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores… Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida! Indaguei: - E o que morte representa para você, minha querida? - Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? (Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.) - É isso mesmo. - Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira! Fiquei “entupigaitado”, não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança. - E minha mãe vai ficar com saudades – emendou ela. Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei: - E o que saudade significa para você, minha querida? - Saudade é o amor que fica! Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que fica!” About these ads
Posted on: Sat, 02 Nov 2013 20:06:30 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015