Mário Soares Há inúmeros delinquentes que andam aí impunemente como Machete O histórico socialista Mário Soares escreve hoje no terceiro ponto do texto de opinião que assina hoje no Diário de Notícias sobre o “excelente exemplo” que tem sido dado pelo Tribunal Constitucional pela “independência que tem demonstrado apesar dos ataques, ameaças e pressões” de que tem sido alvo por parte do Governo. Soares refere ainda que a justiça nacional está “pelas ruas da amargura” deixando “inúmeros delinquentes” por aí “impunemente” como é o caso do “actual ministro dos Negócios Estrangeiros “É indispensável que os juristas (…) e as pessoas de bem admirem e sejam solidárias com o Tribunal Constitucional”, afirma hoje o ex-candidato a Belém, Mário Soares, na coluna de opinião que assina às terças no Diário de Notícias (DN). “Porquê?”, prossegue Soares, “porque é uma instituição que fiscaliza a lei suprema- a Constituição- e que tem “demonstrado independência apesar dos ataques, ameaças e pressões que o Governo indefinidamente lhe tem feito”. Pelo que, considera, “constitui um exemplo a registar”. Este “exemplo” torna-se ainda mais preponderante num momento em que, refere o histórico socialista, “é certo que a justiça portuguesa está pelas ruas da amargura”. “Há inúmeros delinquentes que andam aí impunemente (…) [sendo que] alguns até parece que foram escolhidos por isso mesmo, como é o caso do actual ministro dos Negócios Estrangeiros Rui Machete”. Soares refere que quando conheceu o governante, “no tempo do impoluto professor Mota Pinto”, “Machete parecia então uma pessoa séria. Mas deixou de o ser, como se sabe agora”. Mas para o ex-candidato à Presidência da República, “ainda mais grave” é o facto de “permitirem” a “responsáveis europeus como a presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), a que preside mal a francesa Christine Lagarde, e a Comissão Europeia, pela voz do seu presidente Durão Barroso, (…) intrometerem-se no nosso Tribunal Constitucional”. “A tudo isto, o Tribunal Constitucional tem resistido em silêncio -como deve- tornando-se um factor de independência e de serenidade (…) e um bom exemplo para todos nós”, escreve Soares, rematando que “por isso, o mais depressa possível, temos de defender a Constituição e salvar a democracia”.
Posted on: Tue, 29 Oct 2013 09:23:19 +0000
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