Médicos de Portugal afirmam: "Não aceitaremos as condições de trabalho do Brasil" Médicos brasileiros manifestam-se em frente ao Min. da Saúde e ao Palácio do Planalto. Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil José Manuel da Silva, presidente da Ordem dos Médicos de Portugal, afirmou que a oferta realizada pelo Brasil aos médicos de Portugal não atrairá uma quantidade significativa de médicos portugueses, sendo uma tentativa, por parte do Governo Federal, de "tapar o sol com peneira". Silva afirmou que o ofertado pelo Governo Brasileiro no último encontro não despertou interesse nos médicos portugueses. "Vamos recomendar a cada médico português que queira ir ao Brasil nessas condições que primeiro faça uma visita aos locais que o governo brasileiro quer levá-los. Só depois de ver como é o hospital e como irão trabalhar é que um contrato deve ser assinado", afirmou. "Nessas condições, duvidamos que o Brasil consiga atrair um número importante de profissionais de Portugal. O que queremos saber é se há estrutura nesses locais para trabalhar e, aparentemente, não há. Dificilmente, um profissional que estudou medicina com padrões europeus de infraestrutura terá condições de se adaptar a um local onde faltam recursos", denunciou. Quanto à atratividade da proposta brasileira, salientou: "Temos acordos com Alemanha, Reino Unido, Dinamarca e França. Todos nos oferecem melhores condições que o Brasil. Dificilmente algum médico português aceitará as condições oferecidas pelo Brasil. Até porque a situação de trabalho nesses locais mais distantes certamente é mais dura e haveria problemas de adaptação" A proposta da administração federal brasileira inclui, ademais, a necessidade de atuação limitada a áreas específicas. Desse modo, os médicos não poderiam se mudar para grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro. Silva declarou-se, também, contrário à ausência de revalidação de diploma para médicos estrangeiros dispostos a trabalhar no Brasil. Qual é a sua posição a respeito deste caso? Luciana Castro. Com informações de O Estado de São Paulo, Estadão e CRMPR.
Posted on: Sat, 13 Jul 2013 00:56:40 +0000