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Médicos já pensam em parar Correio Braziliense - 25/06/2013 Amanhã, representantes de entidades da categoria nacionais e regionais estarão em São Paulo para deliberar sobre as propostas do governo JULIA CHAIB AMANDA ALMEIDA Após o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, sobre as medidas que serão tomadas para atender as reivindicações das manifestações pela assistência médica de qualidade à população, entidades da categoria posicionaram-se sobre as propostas. “A fala presidente Dilma deve ser vista com cautela, em função de vários compromissos assumidos pelo governo para implementar melhorias em saúde e que nunca foram cumpridos”, afirma o Conselho Federal de Medicina (CFM), em nota. Amanhã, representantes de entidades médicas nacionais e regionais se encontrarão, em São Paulo, para discutir o que foi proposto pelo governo e deliberar sobre os seus desdobramentos. Há indicativo de paralisação da categoria, que será colocado em votação. Entre as ações anunciadas ontem como parte de um dos cinco pactos sugeridos por Dilma, está um chamamento para levar médicos ao interior do país e às periferias das capitais, onde há carência desses profissionais. De acordo com a presidente, será dada prioridade aos médicos brasileiros e, quando sobrarem vagas, profissionais estrangeiros podem ser convocados, o que o CFM considera um “caminho seguro”. No entanto, a entidade ressalta: “o êxito da iniciativa dependerá do aperfeiçoamento imediato das condições de atendimento oferecidas à população”. A vinda dos estrangeiros com a possibilidade de não passar pelo exame de revalidação de diplomas médicos (Revalida) gerou ferrenhas críticas contra o ministro Padilha, por parte do presidente do CFM, Roberto Luiz d’Ávila, e outras entidades médicas. Ontem, o CFM reafirmou que é contra qualquer mudança ou calibragem da prova, medida em estudo pelo governo. Dilma tentou amenizar os ânimos da categoria e disse que, sobre essa questão, enfrentará um longo e democrático debate. “De início, gostaria de dizer à classe médica brasileira que não se trata, nem de longe, de uma medida hostil ou desrespeitosa aos nossos profissionais. Trata-se de uma ação emergencial.” O ministro Padilha detalhou o pacto pela saúde em quatro etapas. A primeira envolve a ampliação e a construção de mais de 800 hospitais e unidades básicas de saúde. “A partir de amanhã, o Ministério da Saúde vai ter reuniões com cada secretário estadual e municipal, exatamente para acelerarmos a construção dessas obras contratadas”, detalhou ele. O segundo é sobre a manutenção dos centros de saúde, de médicos, de medicamentos e insumos. O terceiro dá oportunidades para os brasileiros cursarem medicina, por meio da criação de mais de 11 mil vagas no ensino superior e também em residência médica, até 2017. E a quarta parte é levar médicos para as áreas carentes.
Posted on: Wed, 26 Jun 2013 00:49:23 +0000

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