NORDESTE: 88% DOS PRODUTORES SÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR Muito - TopicsExpress



          

NORDESTE: 88% DOS PRODUTORES SÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR Muito representativa no Nordeste, a agricultura familiar abrange quase metade dos estabelecimentos do gênero no Brasil, 88,3% dos agricultores da Região, os quais ocupam 43,5% da área total explorada pela agropecuária. Além disso, tais estabelecimentos respondem por 82,9% da ocupação de mão de obra no campo e por 43% do valor bruto da produção agropecuária nordestina, produzindo principalmente alimentos básicos necessários à segurança alimentar tais como carne (13,6%), leite (13,7%), feijão (9,8%), mandioca (7,3%), milho (6,3%) e arroz (4,5%). Muito representativa no Nordeste, a agricultura familiar abrange quase metade dos estabelecimentos do gênero no Brasil, 88,3% dos agricultores da Região, os quais ocupam 43,5% da área total explorada pela agropecuária. Além disso, tais estabelecimentos respondem por 82,9% da ocupação de mão de obra no campo e por 43% do valor bruto da produção agropecuária nordestina, produzindo principalmente alimentos básicos necessários à segurança alimentar tais como carne (13,6%), leite (13,7%), feijão (9,8%), mandioca (7,3%), milho (6,3%) e arroz (4,5%). Tanta expressão socioeconômica mais as potencialidades do segmento levaram a direção do Banco do Nordeste a criar o programa AgroAMIGO e a Área de Agricultura Familiar e Microfinança Rural. Canal específico para cuidar da parte financeira e da operacionalização do Pronaf no BNB, a Superintendência gerencia programas como o Pronaf, o AgroAMIGO e o de Crédito Fundiário, além do segmento de pequenos e miniprodutores rurais. A decisão da Diretoria decorreu do aumento expressivo das operações desses programas no BNB e da necessidade de trabalhar o público do Pronaf com a metodologia própria de microfinanças, baseada no crédito orientado e acompanhado, bem assim pela dimensão da agricultura familiar no Nordeste. A atual carteira do Pronaf no BNB é da ordem de R$ 4,5 bilhões, cerca de 30% dos ativos rurais do Banco e 73% do total de operações em "ser". De 2003 a 2010, o Banco do Nordeste contratou mais de três milhões de operações com agricultores familiares, por intermédio do Pronaf, enquanto o programa de apoio aos pequenos e produtores rurais somou R$ 2,2 bilhões, beneficiando 234 mil produtores. Hoje, o BNB é o segundo maior Banco do País em volume de financiamentos rurais, além de responder, na média, por dois terços de todo o crédito de longo prazo para o setor rural no Nordeste. Crescimento acelerado Entre 2003 e 2010, os financiamentos do Pronaf cresceram 180% na quantidade e 269% no volume de recursos aplicados. Em 2010, foram 367 mil operações formalizadas, no total de R$ 1,1 bilhão, representando 5,3 vezes o valor contratado em 2002. Para 2011, a meta de aplicação é de R$ 1,2 bilhão. Tamanho crescimento tornou o gerenciamento do Pronaf muito complexo, também devido às particularidades dos diversos grupos e linhas de atuação do programa. O AgroAMIGO também passa por notório crescimento. Atuando em 1.945 municípios, o programa já contratou cerca de R$ 595 milhões em 329.1 ml financiamentos, na posição dezembro de 2010. Desafios pela qualidade Para assegurar a continuidade do crescimento do Pronaf, o BNB empenhou-se em vencer o desafio principal: o de trabalhar na qualificação do crédito para esse segmento, o que implicou a execução de medidas variadas para a melhoria da operacionalização. Entre elas, a criação de equipes itinerantes para elaborar plano de ação, juntamente com os parceiros, nos municípios com grande concentração de demanda por financiamentos e prestar informações aos agricultores familiares. Como comprova o histórico de sua intervenção na área rural - mais de 50% de seus financiamentos de longo prazo – e a sua experiência com pequenos e miniprodutores rurais, o BNB trabalha também a qualidade do crédito para o agricultor familiar, de forma que ele vá além de sua segurança alimentar, participando também da produção comercial. Difusão de tecnologias sociais A Área de Agricultura Familiar e Microfinança Rural também adotou providências destinadas a apoiar a difusão de tecnologias sociais de interesse dos agricultores familiares. Nesse sentido, acionou o Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) para que as tecnologias adaptáveis ao setor cheguem até a propriedade. São técnicas variadas que ajudam o agricultor familiar a ter melhores condições de criar, plantar, comercializar sua produção e enfrentar as dificuldades. Essa ação passa pela divulgação e implantação do estoque de tecnologias sociais desenvolvidas e adaptadas pelos centros de pesquisas localizados na região e que contribuem para a eficiência e competitividade dos empreendimentos familiares. Com isso, a pretensão é fazer com que o agricultor familiar se fortaleça via diversidade produtiva e melhoria dos níveis de exploração da atividade agropecuária. Do Maranhão ao norte mineiro, muitos produtores mostram que é preciso sair do tradicional e buscar novos espaços. Esses pioneiros são produtores de café ecológico, de hortaliças desidratadas, de licores variados, do autêntico queijo de coalho e da manteiga de leite de cabra. Muitas vezes, eles complementam a renda com a fabricação de doces, bolsas e cestas de palha de milho e de fibra do babaçu e da carnaúba; ou fazem peças de artesanato em conchas, em buchas e em madeira; bijuterias com sementes e material reciclável; e trajes de banho e peças de enxoval em renda. São agricultores que procuram agregar valor aos seus produtos, a exemplo do pessoal do Ceará e do Rio Grande do Norte que, em vez da castanha ou do caju, in natura, prefere vender a cajuína e a amêndoa torrada. Ou do pessoal do Maranhão que aproveita o óleo do babaçu para fabricar cosméticos e as frutas nativas para fazer doces e geléias. Diretrizes e prioridades Na operacionalização do Pronaf, o Banco do Nordeste tem adotado políticas que visam potencializar, com qualidade, os resultados da carteira, dentre as quais se destacam: Prioridade no uso de recursos do FNE e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Incentivar atividades não agropecuárias no meio rural com o objetivo de diversificar atividades e ocupar mulheres e jovens na sua condução. Estimular agregação de valor aos produtos, propiciando maior lucratividade ao produtor. Apoiar segmentos estratégicos para a redução das desigualdades sociais e de gênero, divulgando linhas de crédito específicas para jovens e mulheres. Apoiar a estruturação de cadeias produtivas com vistas a melhorar a aquisição de insumos e a comercialização dos produtos. Fortalecer a assistência técnica para aumentar o nível de informação do produtor e evitar o uso de tecnologias obsoletas, o que acarreta insucessos. Incentivar tecnologias apropriadas ao semiárido para minimizar prejuízos do produtor com as estiagens, sua maior fonte de preocupação. Atuar em parceria com os movimentos sociais. Integrar o crédito aos programas do governo federal de aquisição de alimentos (PAA), de garantia de preços (PGPAF), zoneamento agrícola, serviços de assistência técnica e extensão rural, seguro Proagro Mais e de aquisição de produtos da agricultura familiar, pelas prefeituras, para utilização na merenda escolar. Atender os agricultores na própria comunidade com a criação de agências itinerantes do Banco, reduzindo a ida deles á sede da agência. Incentivar a exploração de atividades de maior valor agregado, a exemplo de agroindústrias. Prioridade a investimentos voltados para fortalecer a infraestrutura hídrica dos empreendimentos, notadamente na região semiárida; Apoiar a formação de reserva estratégica alimentar para o rebanho bovino, ovino e caprino, através do financiamento para produção de feno, silagem etc.
Posted on: Mon, 12 Aug 2013 18:14:32 +0000

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