NOTA DO COLETIVO PARA ALÉM DOS MUROS – HISTÓRIA E GEOGRAFIA - TopicsExpress



          

NOTA DO COLETIVO PARA ALÉM DOS MUROS – HISTÓRIA E GEOGRAFIA POR UMA UNIVERSIDADE PLURAL E SEM OPRESSÕES. Recentemente, organizadas majoritariamente pela população jovem, as manifestações sociais e políticas têm chamado a atenção em todo o país. A jornada de Junho de 2013 (onda de movimentos de contestação contra principalmente o aumento da tarifa do transporte) fez a camada jovem da sociedade ir as ruas e protestar contra aquilo que lhe incomodava, algo semelhante aos acontecimentos do mundo árabe, onde a população também jovem e insatisfeita encabeçou grandes mobilizações. Dentro da universidade não pode ser diferente. É necessário a mobilização estudantil contra aquilo que a afeta, contra repressões, autoritarismo e preconceitos dentro da universidade, cabe ao jovem a liderança para que tanto em ambiente escolar quanto nas ruas das cidades esses problemas não aconteçam. Infelizmente encontram-se vários casos lamentáveis na própria Universidade de São Paulo. Há alguns dias, casos de machismo em uma festa da Escola Politécnica, na chamada “barraca do tapa”, aumentou as estatísticas de opressão a mulher dentro da universidade, em seu depoimento uma aluna da própria Poli relatou ser humilhada e ofendida com xingamentos e gestos feitos por alguns participantes da festa, opressão esta, que se repete nas salas de aulas, em piadinhas de professores, em festas da USP onde são relatados diversos casos de estupros. Tais problemas se agravam pelas ruas escuras, falta de segurança e negligencia da direção. Algo parecido ocorreu no CEPE USP, onde alunos do time de basquete da Politécnica espancaram um intercambista negro de cabo verde, caso no qual a direção da universidade permanece omissa. Ainda quando se trata da questão racial, vale ressaltar que na USP, os negros preenchem no máximo 10% das vagas e em alguns cursos como medicina e direito somam menos de 1%. Nossa luta contra a negligencia da direção, contra um projeto elitizador e pela mudança da composição social da universidade, esbarra na falta de democracia da USP, na qual aplica-se diretamente um projeto privatista e elitizador imposto pelo governador do Estado. É necessário nos mobilizarmos por um outro projeto de universidade, seguindo os exemplos da Faculdade de Direito da USP, que em suas mobilização conseguiu todas suas exigências, além da renuncia do seu diretor, e da EACH que em sua luta por democracia derrubou seu diretor, vice diretor, estabeleceu diretas paritárias e agora caminha para discussão de um novo estatuto. Ainda a exemplo da luta da EACH, entendemos que barrar a intervenção direta do governo, através da escolha de nosso reitor, é um passo para avançarmos em um outro projeto de universidade, onde as decisões sejam tomadas por alunos, professores e funcionários em conjunto. O coletivo repudia todos os casos de opressões presenciados na USP, e segue na luta por uma universidade plural, onde todos possam decidir e participar de seus rumos.
Posted on: Fri, 13 Sep 2013 15:53:50 +0000

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