NOTA INTRODUTÓRIA Caros amigos: Venho por este meio - TopicsExpress



          

NOTA INTRODUTÓRIA Caros amigos: Venho por este meio comunicar-vos a minha página do facebook. A qual vai servir para transmitir-vos a minha grande paixão, a escrita. Começo com as “CRÓNICAS DA AVESTRUZ FILÓ”. Não é o meu início. Já antes escrevi outras histórias que ainda hoje leio aos miúdos do Prazer de Viver. Há dois anos lia também no Casm; locais perto da minha residência. Obrigada por me aceitardes na grande rede social que é o facebook. CRÓNICAS DA AVESTRUZ FILÓ INTRODUÇÃO Filó, a avestruz, sentada a uma mesa do café, e de caneta na asa direita, folha de papel à sua frente medita. Estava a passar por um grave problema: a inspiração tinha-a abandonado. Era escritora, mas ainda não reconhecida. Em casa amontoavam-se folhas e folhas manuscritas de histórias infantis, alguma prosa em verso e ultimamente uma novela. Os familiares aplaudiam o seu dom e grande sensibilidade para transmiti-los de uma forma tão pessoal e íntima para o seu confidente, o papel. Tudo o que escrevia tinha um pouquinho de si. Não sabia quando tinha começado a escrever, mas rebobinando a fita das recordações tinha uma ténue ideia de que muito nova. Hoje levantara-se cedo, como normalmente, e dirigira-se ao café, como habitualmente, onde costumava escrever logo manhã cedo. Mas ultimamente a inspiração andava arredia. Bebericava o café e escrevera:” Era uma vez…”, e nada mais. Olhou em redor, observando um ou outro cliente do pequeno café. Tomás, o seu vizinho, falava embevecido do filho que nascera á pouco tempo. Alzira, a irmã ouvia-o atentamente. Filó levantou-se batendo as asas exclamou eufórica: - Eureka, já sei! Vou escrever: “Crónicas da Avestruz Filó”! O par de avestruzes que falava encostado ao balcão, bebendo cada um, um sumo, olhara-a sem nada perceber. Também não importava, ela conseguira um tema para escrever. - Segunda-feira. 01 de Novembro… As horas corriam e ela não se deu conta, até que Alberto, o dono do café, se aproxima e pergunta se queria almoçar. - É claro! Uma sopa de legumes, salada e uma maça. Nem levantou os olhos A esferográfica deslizava feliz pelo caderno de linhas. Alberto afastou-se, encolhendo os ombros. Sabia que quando Filó estava assim o que a rodeava não tinha importância nenhuma. Era uma avestruz diferente das outras. Tinha muita sensibilidade; um grande poder de observação e quando falava sabia o que dizia e queria. Naquela aldeia havia avestruzes que gostavam de falar com ela. Filó tinha tido um percurso de vida duro e sabia apaziguar a dor dos outros, que com ela desabafavam. Tinha uma grande capacidade de ouvir e aconselhar. Muito nova perdera os pais num acidente de viação, do qual fora a única sobrevivente. Foi criada pela prima da mãe. Solteirona e com gosto por crianças, tratou dela como se sua filha fosse. Tudo o que tinha e aprendera devia-o a essa simpática D. Rosa. Era a sua admiradora número um e a quem Filó lia, sempre primeiro, os seus escritos. Tinha tido um casamento fracassado do qual falava pouco. Regressara ao lar no fim da relação, para alegria da sua mãe adotica. E retomara a escrita, interrompida durante alguns anos. Tinha muito tempo livre para o fazer, devido a uma situação que não mencionarei agora. CAPÍTULO I A semana avançava lentamente e a rotina de Filó continuava. O caderno de linhas estava quase cheio. Relatos do seu quotidiano, pensamentos e histórias desenvolviam-se rapidamente na mente de Filó, que também rapidamente os passava para o papel. Quando chegava a casa corrigia-os e introduzia-os no computador. Era sábado. Vestia um fato de treino vermelho com sapatilhas da mesma cor. Cabelos castanho claro, curtos adornavam um rosto jovem e sereno. Corpo esguio e porte digno de classe. Com passadas elegantes e olhar atento ao que a rodeava avançava calmamente. Saboreava o aroma matinal e esbracejava feliz ao novo dia. O sol ainda não se levantara e já ela caminhava, pela avenida principal, na sua caminhada matinal habitual. Imperava o silêncio. Eram 6h30 da manhã e uma pequena claridade guerreava ainda com umas trevasitas teimosas. Pouco a pouco um sonolento sol começou a espreguiçar-se num céu que depressa adquiriu o tom de azul. A tudo isto, Filó assistia feliz. Sorriu ao novo dia, sentindo-se uma privilegiada espectadora, perante tamanho fenómeno. Brindou o sol com um agradecimento, sentindo-o acariciar-lhe o rosto: - Bom dia e obrigada por me fazeres companhia. E continuou caminhando. Na aldeia todos dormiam. Às 7h, o buliço normal começaria. A padaria abria a porta e o seu café habitual também. Nesta altura do ano, primavera, o odor a flores era inebriante. Tudo estava atapetado por uma relva verde. Um ou outro pássaro quebrava o silêncio e voava de árvore em árvore. Respirando fundo, Filó sorria entontecida à Natureza que sem complexos se abria completamente ao novo dia. Na torre da igreja o relógio toca sete vezes, anunciando as 7horas da manhã. O despertar de um alarme quebrou o bater cadenciado das horas. Não muito longe de si, na próxima esquina, situava-se o único banco da aldeia. O som vinha de lá. O estilhaçar de vidros orientou-a para o local de onde ele provinha. Atónita e paralisada, ela olha o espetáculo que se desenrola perto de si. Duas avestruzes mascaradas saiem correndo pela porta principal, arrastando atrás de si um cofre. Na ânsia da fuga nem repararam na personagem sem papel neste ato, que de bico aberto olhava sem reação. Numa carrinha aberta fugiram, deixando a marca dos pneus marcada no asfalto. - Arre, quase me atropelavam! – Exclama indignado o padeiro, que numa bicicleta com um pequeno atrelado, ia distribuir o pão pelas casas mais afastadas do centro. – Só tive tempo de me desviar para o lado. A sorte é que ainda não tinha ido à padaria. Está a ver a situação menina Filó? A esta hora, o pão estaria espalhado pelo chão! – Continuou. Filó, não o ouvia. Continuava vendo a nuvem de fumo produzido pelo escape do veículo a alta velocidade. Aos zigue-zagues desapareceu da sua vista. - Menina Filó, menina Filó! – Chamava o padeiro. Lentamente olha-o. Pequeno e grosso de tronco numas pernitas anãs, o padeiro estava na sua frente com a bicicleta pela mão e atrelado de lado. - Sim Ernesto, disseste algo?! – Interrogou-o de semblante carregado. - Viu o que se passou? - Vagamente… - Comentou, repensando no que vira. - Foi um assalto, menina! Foi um assalto! – O padeiro abrira muito os olhos e voltara o rosto para a esquina do banco, apontando-o também. - Sim Ernesto…Penso que sim! – Balbuciou Filó tomando consciência do ocorrido. O padeiro Ernesto era sobejamente conhecido de Filó. Nas suas caminhadas, ao som do seu bom dia, Ernesto respondia com uma buzinadela. Filó ria-se e interrogava-se:”como era possível uma ave com aquela deficiência conduzir uma bicicleta tão bem apetrechada?!” Pedalando e acenando, ele afastava-se buzinando - Temos de chamar a polícia! Arlindo, o polícia, já deve estar na esquadra. – Prosseguiu tomando conta da situação. – Vou ligar-lhe. - Sim liga-lhe, porque eu, não trouxe o meu telemóvel. Enquanto Ernesto se ocupava com o telemóvel, Filó encaminhou-se para o local do crime. A porta da entrada estava aberta e o vidro partido. Algo brilhando entre os vidros estilhaçados chamou a sua atenção. Um cadeado prateado destacava-se entre os destroços da porta, no chão. Baixou-se e pegou nele. Apanhou um susto quando o apertou na mão. AGUARDEM POR PRÓXIMOS CAPÍTULOS
Posted on: Sun, 27 Oct 2013 14:04:47 +0000

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