NOVO TRATAMENTO PARA O CANCRO COLO-RECTAL METASTÁTICO Em - TopicsExpress



          

NOVO TRATAMENTO PARA O CANCRO COLO-RECTAL METASTÁTICO Em comparação com bevacizumab no tratamento do cancro colo-rectal metastático! A Merck Serono, uma divisão da Merck, Darmstadt, Alemanha, anunciou, em comunicado de imprensa, que o grupo cooperativo de investigação alemão AIO (Arbeitsgemeinschaft Internistische Onkologie) reportou dados adicionais relativos ao ensaio clínico head-to-head de fase III, FIRE-3, entre o Cetuximab® e o bevacizumab, os quais foram apresentados no Congresso Mundial de Cancro Gastrointestinal (WCGIC). Como relatado anteriormente, o objectivo primário do estudo, a taxa de resposta objectiva (ORR), não foi cumprido. No entanto, os investigadores observaram que, os doentes com cancro colo-rectal metastático (CCRm) com tumores KRAS do tipo selvagem (wt) que receberam tratamento de primeira linha com Cetuximab® em associação com FOLFIRI beneficiaram um aumento clinicamente significativo na sobrevida global (OS ) de 3,7 meses relativamente ao grupo de doentes pertencentes ao braço do estudo tratado com bevacizumab em associação com FOLFIRI. É importante salientar que este resultado não é totalmente definitivo (taxa de eventos de 57%) e será atualizado no devido momento. Os dados adicionais apresentados na WCGIC demonstraram que, como esperado, houve um cross-over ou uma prorrogação do tratamento para além progressão da doença equilibrados em relação aos tratamentos subsequentes com os agentes biológicos (Cetuximab® ou bevacizumab) utilizados nas terapêuticas de 2ª linha: 46,6% dos 204 doentes pertencentes ao braço do Cetuximab® receberam uma terapêutica de segunda linha com bevacizumab e 41,4% dos 191 doentes alocados ao braço do bevacizumab foram tratados com uma terapêutica de segunda linha com Cetuximab®. A administração de bevacizumab para além da progressão da doença foi realizada em 17,3% dos doentes, enquanto que o Cetuximab® foi administrado em 15,2% dos doentes que receberam este anticorpo anti-EGFR como 1ª linha de tratamento. Desta forma, é possível concluir que não foram observados desequilíbrios no que diz respeito às quimioterapias utilizadas na 2 ª linha tratamento. De acordo com o professor Volker Heinemann da Ludwig-Maximilians University, em Munique, principal investigador do ensaio clínico FIRE 3: “A partir destes dados adicionais, é possível inferir que o aumento observado na OS no braço do Cetuximab® não se deve a diferenças nos tratamentos de 2ª linha relativas ao cross-over entre o Cetuximab® e o bevacizumab ou aos regimes de quimioterapia utilizados. Estamos confiantes que as análises subsequentes deste estudo irão oferecer novas perspectivas sobre o importantíssimo papel da sequência de tratamento". O FIRE-3 é um ensaio clínico head-to-head de fase III, independente, aleatório e controlado, liderado pela Universidade Ludwig-Maximilians, em Munique, na Alemanha. A Merck Serono GmbH tem apoiado financeiramente este estudo. O FIRE-3 está conduzido na Europa e inclui 752 doentes com CCRm dos quais 592 possuem tumores KRAS wt. Após a selecção aleatória destes 592 doentes, 297 foram alocados ao braço do Cetuximab® em associação com FOLFIRI e 295 foram alocados ao braço do bevacizumab em associação com FOLFIRI. É de salientar que a combinação de Cetuximab® com FOLFIRI está aprovada para o tratamento de primeira linha de CCRm KRAS wt. Os dados do estudo FIRE-3, anteriormente apresentado na reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) de 2013, demonstraram que a OS mediana (objectivo secundário) foi de 28,7 meses no braço do Cetuximab® e 25 meses no braço do bevacizumab (HR: 0.77, 95% IC: 0.62–0.96). Porém, relativamente à sobrevivência livre de progressão da doença, a diferença entre os dois braços do estudo não foi significativa, sendo aproximadamente 10 meses para ambos. O objectivo primário, a ORR, não foi atingido. A taxa de resposta global foi semelhante em ambos os braços (62% - braço A vs 57% - braço B; odds ratio, 1,249), sendo, no entanto, verificada uma superioridade significativa nos doentes avaliáveis do braço A. Entre os doentes que foram avaliados relativamente à eficácia, a taxa de resposta global foi de 72,2% vs 63,1% (P = 0,017), a favor do Cetuximab®. Não há novas preocupações relativas à segurança em ambos os braços do estudo, sendo que os perfis de toxicidade observados corresponderam ao já expectável sendo perfeitamente tratáveis para ambas as combinações. Os eventos adversos mais comuns (>10%), reportados na ASCO, em ambos os braços de tratamento foram leucopenia, anemia, trombocitopenia, neutropenia, náuseas, vómitos, diarreia, mucosite/estomatite, fadiga, dor, síndrome mão-pé, hipertensão, hemorragia, hipomagnesémia, hipocalcemia e descamação. Os eventos adversos de grau 3 ou 4 mais comuns no braço Cetuximab® foram neutropenia (24,2%) e exantema acneiforme (16,8%). Por sua vez, os eventos adversos de grau 3 ou 4 mais comuns no braço bevacizumab foram neutropenia (22,8%) e diarreia (13,6%). O CRC é o quarto cancro mais comum em todo o mundo, com uma incidência estimada de mais de 1,2 milhões de casos a nível mundial. Estima-se que, ocorram anualmente no mundo, 608 mil mortes por CRC, sendo que este é responsável por 8% das mortes por cancro. Quase 60% dos casos ocorrem nos países desenvolvidos e as taxas de incidência e de mortalidade são substancialmente maiores nos homens em comparação com as mulheres. Só na Europa, estima-se que 450 mil pessoas desenvolvem CRC a cada ano, com cerca de 222 mil mortes anuais.
Posted on: Tue, 09 Jul 2013 13:29:24 +0000

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