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"(...)Na Maré, o grosso do jornalismo não informou nem a identidade dos mortos, com exceção da do PM. No Leblon, os personagens tinham nome, sobrenome e lágrimas de quem perdeu alguns bens. Na favela, o pranto das mães que perderam seus rebentos quase não saiu no jornal. A cúpula da segurança do Estado convocou uma reunião de emergência horas depois de os vândalos detonarem no Leblon. Alguém sabe de um encontro dessa natureza para tratar do morticínio na Maré? (...) Merece respeito o sofrimento de tantos antigos vizinhos meus que se assustaram com o pega pra capar. Mas a vida seguiu. Na Maré, para tantos pais, a vida seguiu sem seus filhos. Já cantou Chico Buarque, saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu _teria um quarto ou dormiria no colchão da sala o adolescente que mataram? O farisaísmo não reconhece limites. Às vésperas do desembarque do papa, celebra-se a existência. Mas muitos corações, que nojo, abalam-se apenas com a perda de patrimônio, e não de vidas. O que diria Francisco? O recado das últimas semanas é que, para muita gente, crime contra a vida não é nada diante de crime contra o patrimônio. Isso não é só covardia. É barbárie. blogdomariomagalhaes.blogosfera.uol.br/2013/07/19/o-apogeu-da-covardia-lojas-quebradas-no-leblon-comovem-o-rio-e-o-jornalismo-mas-os-mortos-pela-pm-na-mare-ja-foram-esquecidos/
Posted on: Sat, 20 Jul 2013 08:24:13 +0000

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