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"Na boa, isso no Brasil tinha que acabar" Obra na BR-040 decola após aumento de 1.000% nos custos Nova pista, prevista para 2006, finalmente começa a ser construída Enviar Imprimir LUDMILLA DE LIMA ( EMAIL ) Publicado: 7/09/13 - 7h00 Um dos canteiros de obras abertos na BR-040, na subida da serra, em Xerém, Caxias: para o local será transferida a praça de pedágio que hoje fica em outro ponto Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo Um dos canteiros de obras abertos na BR-040, na subida da serra, em Xerém, Caxias: para o local será transferida a praça de pedágio que hoje fica em outro ponto Márcia Foletto / Agência O Globo RIO - Após anos de negociações tão tortuosas quanto as curvas da Rio-Petrópolis, o projeto da nova subida da serra da BR-040 começa a sair do papel, mas não a tempo de ser concluído para a Copa do Mundo de 2014. O impasse sobre a origem dos recursos para a empreitada, que se tornou bilionária ao longo do tempo, acabou atrasando o início da obra, que só deve ser inaugurada em julho de 2016, às vésperas dos Jogos Olímpicos no Rio. A nova pista é uma das obrigações do contrato de concessão assinado em 1995 com a Concer, que bancará apenas um terço (R$ 283 milhões) da execução do projeto, hoje estimado em pouco mais de R$ 1 bilhão. O restante da conta será pago pelo governo federal, afirma o Ministério dos Transportes. No dia 14 de junho, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou o começo das intervenções, que deveriam ter ficado prontas em 2006, se o contrato inicial tivesse sido cumprido à risca. A nova pista — cujo traçado é paralelo ao da atual descida da Rodovia Washington Luís — encurtará o caminho em cinco quilômetros (serão 20 quilômetros de estrada, contra os 25 atuais) e o tempo de viagem do Rio até Petrópolis em 20 minutos, dando fim a um dos maiores gargalos rodoviários do país. Obras realizadas em seis pontos Os motoristas que pegam a sobrecarregada Rio-Petrópolis já veem sinais de que, finalmente, o projeto começou a andar. Um grande canteiro de obras já ocupa o pé da serra, no quilômetro 102, no distrito de Xerém, em Duque de Caxias. No local, máquinas preparam o terreno do futuro pedágio, que será transferido do quilômetro 104, também em Xerém. Na pista de descida, que será duplicada, a vegetação de uma área próxima ao Belvedere, por onde passará um túnel de cinco quilômetros de extensão, foi removida. Ao longo da serra, há operários e máquinas trabalhando em seis frentes. O Ministério dos Transportes e a Concer descartam o aumento de tarifa do pedágio (hoje de R$ 8 para carros de passeio) como forma de custear a duplicação. Na época da concessão, a obra foi estimada em R$ 80 milhões. Apenas em 2010 o compromisso foi transformado num projeto executivo, o que elevou os custos em mais de 1.000%. — Com R$ 283 milhões, fazemos um terço da obra, que levará 12 meses. O governo tem então um ano para estudar se estende ou não o prazo de concessão. Para se chegar a um equilíbrio financeiro, as possibilidades são aporte financeiro do Tesouro e ampliação da concessão em mais seis a sete anos. O aumento de tarifa está descartado — afirma Pedro Jonsson, presidente da Concer, cujo tempo de exploração da rodovia termina em 2021. Jonsson assegura que “a obra começou e não vai parar”. O Ministério dos Transportes informou que está sendo preparado um aditivo para a destinação de recursos públicos para as obras e que não está em discussão, no momento, estender a concessão. Nas placas do governo federal instaladas ao longo da Rio-Petrópolis, anuncia-se que na duplicação serão gastos pouco mais de R$ 897 milhões. No entanto, todo o projeto, incluindo os programas ambientais, atinge R$ 1.004.604.709. Para fechar a conta, a União terá que arcar com os R$ 721 milhões que faltam. Estudos feitos para o projeto da nova subida apontam que a capacidade da estrada atual se esgotou em 2010. Entre tantas idas e vindas do projeto pelos gabinetes, o tráfego de veículos na Rio-Petrópolis, uma via de 1928, não parou de crescer: de 1996 para 2012, aumentou 395%. No ano passado, 31,2 milhões de veículos passaram pela rodovia, contra 6,3 milhões em 1996. Se a mesma conta tiver como base somente os veículos comerciais (como os caminhões), o crescimento atinge 437%. Motoristas reclamam da estrada Motoristas que enfrentam as curvas sinuosas e o asfalto repleto de ondulações e remendos reclamam dos riscos de acidentes e dos engarrafamentos na estrada toda vez que um caminhão quebra ou tomba. As queixas também não poupam a iluminação precária na altura da Baixada e a falta de sinalização. — Há um excesso de caminhões, e você precisa disputar espaço com eles numa pista muito estreita e cheia de buracos por causa desse fluxo pesado. E a sinalização e a iluminação são horríveis — critica o investidor Joaquim Pedro, que mora no Rio e usa a estrada para chegar à sua fazenda, em Levy Gasparian, na divisa com Minas Gerais. A empresária Carla Cassano, que mora em São João Del Rei, em Minas, dirigia sob tensão há uma semana, ao voltar das férias no Rio: — A estrada é péssima. Ela está toda desnivelada e jogando os carros para fora. Sobre a demora para iniciar a duplicação, a Concer alega que os prazos acabaram adiados em 2000 por causa de obras feitas pela empresa, entre elas a ampliação das pistas na Baixada. Em relação ao futuro da pista de subida atual, a concessionária propõe ao governo federal que ela seja transformada numa estrada de mão dupla, para atender às comunidades de Caxias e Petrópolis localizadas ao longo da serra. Apenas uma área próxima ao Belvedere seria transformada em estrada-parque, para garantir a sua preservação. Rio-Teresópolis também será ampliada A Rio-Teresópolis (BR-116) também passa por obras de ampliação. O projeto é de construção de uma terceira faixa em direção à serra, que abrange 12 dos 14 quilômetros desse trecho da rodovia. Em três pontos — na altura dos quilômetros 90, 93 e 100 — a estrada continuará com apenas duas faixas, devido a restrições geológicas e ambientais. As obras começaram em abril de 2010 e vão até 2015, a um custo de pouco mais de R$ 68 milhões, bancados pela concessionária CRT. Duas etapas, que vão do começo ao meio da serra (na altura do Rio Soberbo), foram concluídas. A que está em curso hoje tem término previsto para outubro. Por causa da Copa do Mundo, as obras da terceira faixa serão interrompidas no ano que vem. A quarta e última etapa do projeto, que compreende o trecho entre o quilômetro 92,8 e o 90,5 (chegando a Teresópolis), terá início somente em 2015. A Serra das Araras, na Via Dutra, também ganhará nova subida, em direção a São Paulo. De acordo com a concessionária CCR Nova Dutra, o governo federal aprovou a obra, e o projeto executivo será entregue até o fim do ano à ANTT. O Ministério dos Transportes afirma que a possibilidade de um aditivo ao contrato, com destinação de recursos federais, ainda está em negociação. O orçamento seria de R$ 1,7 bilhão. 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Posted on: Sat, 07 Sep 2013 11:36:20 +0000

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