Na última vez que Bukowski viu a mãe, ela estava na casa de repouso Rosemead, morrendo de câncer. Kate disse que ele devia respeitar mais seus pais, principalmente o pai: - Seu pai é um grande homem, disse à ele. Na véspera do Natal de 1956, Bukowski saiu, comprou um rosário de presente para mãe e guiou-se de volta para a casa de repouso. Estava tentando abrir a porta do quarto da mãe quando um enfermeira lhe disse que ela havia morrido no dia anterior. [...]. Seu pai não perdeu muito tempo para encontrar uma nova esposa. Primeiro tentou seduzir Anna Bukowski, viúva de seu irmão mais velho, John, mas ela não quis saber, então ficou noivo de uma das mulheres que trabalhavam no negócio de lavagem a seco de Billie. No final da tarde de 4 de Dezembro de 1958 - nove meses depois do divórcio de Bukowski, - a noiva do pai entrou na casa e o encontrou morto no chão da cozinha, aparentemente em decorrência de um ataque cardíaco. Se Bukowski não lamentou a morte da mãe, a morte do pai foi definitivamente motivo de alegria: - Ele está morto! morto! morto! MORTO! Obrigado, meu Deus!. O corpo do velho foi velado em uma sala funerária do Temple City, onde sua namorada chorou sobre o caixão: "não! não! não!", lamentou. "Ele não pode estar morto." Tinha só sessenta e três anos, disse ela, era um homem forte e com muitos anos pela frente. Bukowski, o tio Jake e a tia Eleanor ficaram juntos, olhando para o corpo. Bukowski lembrou do pai batendo nele com a cinta de couro, dizendo que ele nunca conseguiria nada; tentando empurrar sua cabeça para baixo, para o vômito no tapete; batendo nele enquanto a mãe assistia e não fazia nada; batendo em Kate até ela berrar. Ele teve uma vontade enorme de tirar a namorada da frente do caixão e cuspir no rosto do pai. [ Vida e loucuras de um velho safado. ]
Posted on: Wed, 07 Aug 2013 14:50:09 +0000
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