Neste universo funerário o jade é o elemento mais transcendental, por sua onipresença, seu significado e a qualidade dos objetos elaborados com ele. Assim ocorre tanto em tumbas dos reis de Chu como de seus rivais de Nanyue. O jade era, desde tempos imemoriais, um material com atribuições protetoras, e na China se acreditava que protegia dos demônios. Para evitar que o diabo pudesse tomar os corpos dos falecidos, o jade se convertia em parte essencial do rito funerário. Assim, enchia-se o corpo de amuletos deste material, como uma adaga para proteger o defunto no além ou uma taça para recolher o orvalho da manhã, que garantia a imortalidade. Foram encontrados numerosos artigos de jade de uso comum, como vasos e vasilhas, porém os mais notáveis são os de luxo, um capítulo a parte por sua riqueza artística: há anéis, colares em forma de arco elaboradíssimos, ou com diferentes formas como dragões, e belíssimas empunhaduras de espadas. São peças muito bem trabalhadas e profusamente decoradas. A relevância do jade era tal que, em sua morte, alguns monarcas e nobres eram envoltos em um vestido feito com pequenas placas dessa pedra, costuradas com fios de materiais nobres. O traje cobria todo o corpo, dos pés à cabeça. Até a atualidade foram encontrados doze peças completas em sepulcros chineses.
Posted on: Mon, 23 Sep 2013 19:48:25 +0000
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