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No momento em que nós, professores da Rede Municipal da Cidade do Rio de Janeiro estamos em luta, cabe fazermos uma reflexão sobre a autonomia pedagógica. Esse debate é importante para avançarmos na compreensão política da educação brasileira. Os anos do governo Lula da Silva foram marcados por inúmeras medidas na educação: ReUni, Diretrizes Curriculares para diversos Cursos de Graduação, criação do IDEB e Prova Brasil para os alunos do 5º e 9º anos, entre outras medidas. Sem dúvidas, foi o governo que mais implementou medidas sobre a educação. É importante ressaltar que o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) foi uma invenção do governo PT para avaliar as escolas públicas brasileira. A Prova Brasil foi criada em 2005 como um dos instrumentos de avaliação da "qualidade" da educação. Essa tal prova teve a sua primeira aplicação realizada em 2007. De dois em dois anos o governo federal aplica esse famigerada prova aos alunos do 5º e 9º ano. Além disso, para "medir" a "qualidade" da educação, o governo do PT, usa o fluxo escolar como elemento de qualidade. Ou seja, os alunos fazem uma prova ridícula, elaborada por tecnocratas e ainda querem saber se as escolas estão reprovando muitos alunos ou não. O governo federal tira o índice através de um cálculo entre o desempenho na Prova e o número de alunos aprovados! A partir da implementação da política produtivista sobre a educação, os governos municipais, aliados ao modelo neoliberal, começaram a construir suas políticas para avaliar a educação em seus respectivos municípios, levando aos rumos da educação ao Índice de Desenvolvimento da Educação (IDEB). No Rio, o governo de Eduardo Paes, trouxe a Cláudia Costin, que foi Ministra da Administração Federal e Reforma do Estado do governo Fernando Henrique,vice-presidente da Fundação Victor Civita e que trabalhou para o Banco Mundial para ser a Secretaria de Educação do Rio de Janeiro. Ou seja, essa digníssima Secretaria de Educação dispensa apresentações, pois é a mais neoliberal possível. Para atender a política educacional do governo federal, o município do Rio começou uma série medidas para "melhorar" o IDEB. Numa postura totalmente autoritária, essa tal secretaria começou a impor uma política de preparação, instrumentalização dos alunos para a Prova Brasil: Caderno Pedagógico, Prova Rio, Educopédia, provas bimestrais elaboradas pela própria Secretaria de Educação e uma enorme pressão por resultados, além da política do famigerado 14º salário. Nos dias atuais, os professores se transformaram em robôs retransmissores dos conhecimentos de uma apostila mal elaborada, cheias de erros graves, elaboradas por pseudointelectuais. O que ocorre nas escolas do município do Rio é uma preparação diária dos alunos para a Prova Brasil, num processo em que, nós professores, nos transformamos em capacitadores de alunos para uma Prova. Além disso, ocorre uma enorme pressão para aprovação de alunos, pois para ter um "grande IDEB", não pode haver muita retenção de alunos. Cabe ressaltar que o governo federal impôs uma medida de aprovação automática para os alunos do 1º e 2º anos do ensino fundamental. Essa medida está alinhada à política de aumento do índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Portanto temos que dizer não ao governo federal, do PT, PC do B, PMDB e outros. Esse governo está à serviço do Banco Mundial e do neoliberalismo.
Posted on: Sat, 10 Aug 2013 00:12:12 +0000

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