No momento em que uma nova descoberta no espólio de António - TopicsExpress



          

No momento em que uma nova descoberta no espólio de António Telmo permite enriquecer o alinhamento de A Terra Prometida, lançando porventura alguma luz sobre o sentido e alcance de “Natureza de Portugal” (mas para saber mais sobre isso terá o leitor de esperar pelo próximo número da revista NOVA ÁGUIA), damos à estampa os parágrafos iniciais de “Portugal dans la découverte de l’au-delá de l’histoire”, um dos últimos escritos do autor de Arte Poética, que foi lido num grande colóquio sobre Raymond Abellio, realizado no Porto em Junho de 2010. “No compêndio de Geografia para a instrução primária, adoptado a meio do século XX, figurava o mapa de Portugal inscrito num rectângulo traçado pelos pontos extremos desse mapa a Norte, a Sul, a Leste e a Oeste, o qual (coisa espantosa!) é a soma exacta de dois quadrados. A linha de Este a Oeste que os divide passa, sem erro ou desvio, por Tomar, cidade Templária por excelência. Imaginando a terra e o seu céu como um templo, e devemos fazê-lo para que compreendamos alguma coisa sobre o destino e o fim da Humanidade, Portugal, visto como um rectângulo, é interpretável como um tapete no centro do mundo. O tapete desenhado por Lima de Freitas para as lojas maçónicas do Rito Escocês Rectificado é, igualmente, composto pela soma de dois quadrados e como não obedece nas suas proporções “ao que é de regra”, coisa que o ilustre pintor não desconhecia, é de todo possível que tenha estudado pelo mesmo Compêndio, e encontrado depois a mesma relação que venho propondo. É à volta do tapete que se fazem as viagens iniciáticas que têm por fim, como devem saber, o Oriente. Igual fim tiveram as navegações dos portugueses que, pela Viagem, como observa Camões, foram “Compassando o Universo”. Portugal pode também ser imaginado como um barzakh, se tivermos por base, como é devido, do mesmo Luís de Camões, os seguintes versos: Eis aqui, quase cume da cabeça Da Europa toda, o Reino lusitano Onde a terra se acaba e o mar começa O que é um barzakh? Barzakh é a palavra pela qual Ibn Arabí e demais sufis do mundo muçulmano significam o entre dois, o mundo intermediário entre dois mundos que, sem ele a harmonizá-los, se excluem. Assim, a linha divisória que passa por Tomar. Divide e une o Sul do país ao Norte do país. Todavia, o melhor exemplo é o que nos dá o próprio Ibn Arabí: o da linha que, ao mesmo tempo, separa e une a sombra de um corpo, da luz que a projecta. Não se pode dizer dela que é luz ou que é sombra. Como que existe por um prestígio da nossa imaginação, mas não é uma linha imaginária.”
Posted on: Mon, 22 Jul 2013 20:01:02 +0000

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