No tempo de Jesus a medicina era incipiente. Não havia medicina - TopicsExpress



          

No tempo de Jesus a medicina era incipiente. Não havia medicina preventiva: hospitais, ambulatórios etc. Quando muito havia remédios que a natureza oferecia e que a experiência comprovava como benefícios. A saúde era um problema que geralmente se resolvia com a morte: mortes prematuras, vida curta, cegueira, paralisia, doenças de pele que se arrastavam pela vida inteira. As doenças que pareciam inexplicáveis porque não se lhes via nenhuma causa perceptível eram atribuídas aos “demônios”, “espíritos maus”, que se haviam introduzido dentro das pessoas, apoderavam-se delas e as impeliam de realizar corretamente suas funções, privando-as do domínio normal do seu corpo. Isso acontecia, por exemplo, com a mudez, surdez, a epilepsia, a loucura etc. Quando se vê claramente que o corpo está mal, com lepra, cegueira, hemorragias, febre, perna ou braço quebrado, atrofiado etc., nunca essas enfermidades, nos evangelhos, são atribuídas aos “demônios”. Os enfermos: cegos, coxos, mutilados, paralíticos etc. e, sobretudo, os leprosos, estavam entre os pobres mais pobres. Normalmente todos eles eram também mendigos. Era sua única chance de subsistência. Além disso, a enfermidade era vista como castigo de Deus pelos pecados: “Ao passar, Jesus viu um cego de nascença. Os discípulos perguntaram: ‘Mestre, quem foi que pecou, para que ele nascesse cego? Foi ele ou seus pais?’” (Jo 9.1,2). Por essa razão os doentes eram considerados “impuros”, discriminados também pela própria religião. Consequentemente podiam permanecer somente nas portas externas da esplanada do Templo ou, quando muito, no pátio dos gentios ou pagãos, que também eram considerados pecadores e impuros.
Posted on: Sat, 31 Aug 2013 19:48:14 +0000

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