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No âmbito do processo de Planejamento Estratégico, assim que estejam definidas a missão, a visão e os valores organizacionais, é necessária uma análise da situação da empresa. O motivo é bem simples e a paráfrase das palavras de Sun Tzu (autor de A Arte da Guerra), elucidativa: “Conheça o seu concorrente e a si próprio, pois, assim, sua vitória nunca será posta em risco”. Em vista disso, há diversas metodologias padronizadas ou customizadas que as empresas utilizam para conhecer a si mesmas e ao ambiente competitivo onde estão inseridas. Uma das mais aplicadas, por seu caráter intuitivo e adaptabilidade aos mais diversos segmentos econômicos, é a Matriz SWOT. A Matriz SWOT (ou FOFA, em Português), é um método de diagnóstico que visa à identificação do quadro geral de uma organização frente ao seu ambiente competitivo sob as perspectivas interna (pontos fortes e fracos) e externa (ameaças e oportunidades). Todavia, essa matriz não se propõe somente a descrever a empresa, mas também para indicar soluções estratégicas. Além disso, a referida metodologia pode ser combinada com outras que se proponham a diagnosticarem e/ou formularem estratégias. A chave para uma análise SWOT bem-sucedida reside na relevância e objetividade dos critérios que serão considerados: relevância, porque cada indústria possui um conjunto de fatores críticos de sucesso para os seus integrantes; e objetividade, pois demanda parâmetros qualitativos e quantitativos que possam ser tratados sob uma perspectiva histórica e comparados com a concorrência. Nesse contexto, o suporte do processo de Inteligência Competitiva é fundamental. No âmbito dos fatores externos da Matriz SWOT, as oportunidades são eventos que, uma vez aproveitados pela empresa, permitem a alavancagem competitiva. Por sua vez, as ameaças são eventos que, se não forem eliminados ou mitigados, podem afetar negativamente o desempenho organizacional. Para subsidiar a análise dos fatores externos, um dos modelos mais completos é utilizado em Marketing, desdobrando-se conforme a seguir: A – Macroambiente (variáveis incontroláveis) 1. Variável política; 2. Variável legal; 3. Variável tecnológica; 4. Variável econômica; 5. Variável demográfica; 6. Variável social; 7. Variável cultural; 8. Variável natural. B – Microambiente (variáveis controláveis) 1. Concorrentes (já existentes na indústria, novos entrantes e de produtos substitutos); 2. Clientes; 3. Fornecedores; 4. Órgãos reguladores. Quanto às variáveis internas, a empresa dispõe de pontos fortes, que potencializam a sua capacidade competitiva, e os pontos fracos, que debilitam essa capacidade. Nesse momento da análise SWOT, ter senso crítico é fundamental, na medida em que poucas organizações gostam de expor seus pontos fracos. Contudo, são essas organizações relutantes as primeiras a caírem, devido à sua “perfeição”. Como resultado das análises realizadas, é possível a formulação de quatro cenários estratégicos que servirão de ponto de partida para a etapa de formulação estratégica. São eles: 1. Sobrevivência → quando há predominância de ameaças e pontos fracos. 2. Manutenção → quando há predominância de ameaças e pontos fortes. 3. Crescimento → quando há predominância de oportunidades e pontos fracos. 4. Desenvolvimento → quando há predominância de oportunidades e pontos fortes. Por fim, e reiterando a adaptabilidade da metodologia, a Matriz SWOT pode ser empregada em processos de autoanálise pessoal. Afinal de contas, não há patrimônio maior que o próprio ser humano.
Posted on: Tue, 23 Jul 2013 18:16:50 +0000

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