Noite dessas, estava eu em meu quarto, absorto em uma leitura de - TopicsExpress



          

Noite dessas, estava eu em meu quarto, absorto em uma leitura de um livro sobre a vida de Nelson Mandela, quando o telefone tocou. Era meu sogro, o Sr Luis Michelon, que como sempre muito polido e educado, me saldou e perguntou como eu estava, respondi; comigo tudo bem, e o senhor como vai? A sua resposta foi rápida, estou indignado, perguntei por quê? Ele me disse que estava indignado com a noz moscada (noz moscada para quem não sabe, é uma especiaria obtida do fruto da moscadeira, uma planta de grande porte, que pode atingir de dez a quinze metros de altura), pois estava ele envolvido em uma de suas aventuras culinárias, tentando descobrir alguma coisa para incrementar o sabor do seu mingau de aveia, que tem por habito comer todas às manhãs. Foi até o armário, quando o abriu lá estava ela, a noz moscada (que cá entre nós, já tem um nome meio esquisito, me parece uma noz com moscas), resolveu então colocar a dita cuja em seu mingau, assim o fez, e comeu. Ele então me perguntou se eu já havia provado a noz moscada, respondi que sim, mas não me lembrava do gosto. Então ele foi incisivo em responder, ta vendo, se fosse bom o gosto, você não teria esquecido. Desde criança via nos armários de casa, a tal da noz moscada, mas para que serve a noz moscada, se não tem gosto de nada. E as mulheres insistem em colocá-las em alguns pratos só para estragarem o sabor dos mesmos. Depois de alguns minutos mais de conversa, demos algumas risadas por conta da noz moscada, e nos despedimos. Tomei em minhas mãos novamente o livro e voltei a ler. Percebi que não estava conseguindo me concentrar na leitura, pois não consegui parar de pensar na noz moscada. Foi então que comecei a me lembrar de fatos ocorridos que envolviam a noz moscada. Um dia estava assistindo um programa de TV sobre culinária, e a apresentadora dava uma receita de galinha à cabidela (fiquei interessado, pois sou um bom garfo) deu os ingredientes, ensinou como preparar o prato, quando finalizou disse, esta pronto nosso prato de hoje. Eis que surge uma voz do além, no caso à do diretor do programa, (que deve ser uma mulher) e diz através do ponto eletrônico que esta em seu ouvido, você se esqueceu da noz moscada, olha ela ai novamente. Outro caso interessante, ocorreu um dia que voltávamos de uma pescaria, eu meu sogro, e mais dois amigos, e paramos como de costume num bar para tomarmos uma cerveja, assim fizemos. Depois de alguns copos, todos mais animados pelo efeito do álcool, eis que o mestre cuca da turma resolve falar de como se prepara uma rabada, falou que iria por isso, por aquilo, aquilo outro, todo empolgado. O outro glutão que estava sentado a seu lado, acrescentou, minha mulher costuma colocar também a noz moscada, olha ela ai de novo. Resolvi então, fazer uma pesquisa, e perguntar para alguém sobre o sabor da noz moscada. O escolhido foi meu cunhado, por ser ele um bom gourmet, que tem por habito nas festa e banquetes experimentar um pouquinho de cada um dos pratos. Habito esse adquirido segundo ele, da sua querida avó materna, a qual não tive o prazer de conhecer, porque devia ser uma senhora muito amável e dócil, pois tinha como hoob, partir a cabeça de seus cães com um machado. Mas voltemos à noz moscada, ele como um ótimo garfo era a pessoa mais indicada para a realização de minha pesquisa, então perguntei a ele o que achava do sabor da noz moscada. Ficou pensativo por um instante e disse que noz moscada não tem sabor de nada. Vejam vocês se ele que é uma autoridade quando se trata de comida, diz que à noz moscada não tem gosto de nada, qual seria o fascínio que ela exerce sobre as mulheres, fazendo com que elas estoquem essa especiaria em seus armários. Lembrei-me de outro fato interessante, estava eu com minha esposa em um supermercado, quando passávamos pelo corredor dos temperos, onde estavam o sal, o alho, a cebola, o coentro, entre outros. Quando escuto uma voz esganiçada e autoritária, era uma mulher gritando para o marido, pegue cinco pacotes de noz moscada. Pensei com meus botões, que será que ela vai fazer com cinco pacotes de noz moscada. Voltamos para casa e comecei a queimar novamente os neurônios, tentando descobrir o porquê do fascínio exercido por essa especiaria sobre as mulheres, mas não consegui chegar a nenhuma conclusão plausível. Foi então meus amigos, que um dia na casa da minha sogra, fui até o armário pegar um pouco de açúcar, e qual não foi a minha surpresa ao me deparar com dez pacotes de noz moscada. Ai me veio à luz, e a resposta para minha pergunta. As sogras como são serpentes ardilosas, mas não possuem uma glândula que produz peçonha, de alguma forma descobriram que o consumo de cinco gramas de pó de noz moscada, causa efeitos de intoxicação terríveis, como alucinações auditivas e visuais, descontrole motor e despersonalização. E o seu consumo prolongado causa à morte sem deixar vestígios, e o pior meus amigos, é que elas ensinam o segredo para suas filhas, que um dia se tornaram sogras também. Portanto fiquem espertos, se encontrarem em suas casas, a famigerada noz moscada, façam como eu, jogue tudo no lixo. Será que descobri o segredo sobre o fascínio que a noz moscada exerce sobre as mulheres? Ou seria uma mera implicância do meu sogro com a pobre especiaria. Fica lançada a duvida. ( Du Machado )
Posted on: Sun, 25 Aug 2013 03:14:39 +0000

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