Nota do Coletivo Resistência Socialista - CRS NADA MAIS SERÁ - TopicsExpress



          

Nota do Coletivo Resistência Socialista - CRS NADA MAIS SERÁ COMO ANTES! SEGUIR NAS LUTAS E NAS MOBILIZAÇÕES DE RUA As mobilizações que tomam conta do país mudam a nossa realidade. A esquerda como um todo foi pega de surpresa e não conseguiu prever o ascenso das mobilizações, o que deve nos alertar para o processo de institucionalização pelo qual passamos. É fato que participamos das atuais mobilizações, porém essas passam por fora das organizações convencionais e está aberto todo um período de disputa buscando construir novas formas de organização amplas e capazes de centralizar as ações para além da institucionalidade e a falsa democracia dos patrões. Seguir usando o método da classe trabalhadora, rumo à TARIFA ZERO! O povo na rua resgatou o método historicamente utilizado pela classe trabalhadora, capaz de enfrentar a violenta repressão e derrotar governos e empresários, como aconteceu com o preço das passagens. O desafio agora é manter as mobilizações de rua. Para isso se faz necessário avançar nas reivindicações que de fato enfrentem os interesses dos poderosos, enfrentar os interesses do capital, atacar o lucro. O primeiro e principal item dessa pauta segue sendo a questão do transporte público, é preciso exigir a redução total da tarifa, como bem apontou a carta do Movimento Passe Livre à Dilma:“Questionar os aumentos é questionar a própria lógica da política tarifária, que submete o transporte ao lucro dos empresários, e não às necessidades da população. Pagar pela circulação na cidade significa tratar a mobilidade não como direito, mas como mercadoria. Isso coloca todos os outros direitos em xeque: ir até a escola, até o hospital, até o parque passa a ter um preço que nem todos podem pagar. O transporte fica limitado ao ir e vir do trabalho, fechando as portas da cidade para seus moradores. É para abri-las que defendemos a tarifa zero.” Acreditamos que se abriu a possibilidade de debatermos em amplos espaços de massas o questionamento à ordem de forma mais objetiva. A partir da proposta de tarifa zero, devemos apresentar a discussão sobre a estatização do sistema de transporte, com mecanismos de controle social. As pautas democráticas são importantes, mas não nos bastam! Centrar a nossa ação nesse tema possibilita mais fôlego à democracia burguesa, que vem sendo questionada nas ruas. Em geral a burguesia abraça essas bandeiras para se resguardar e tirar o foco das questões principais, prova disso foi a rápida aprovação da corrupção como crime hediondo no Senado e a reprovação da PEC 37, esses não são os temas centrais para empresários e Governos. São reformas “aceitáveis”. No caso dos gastos com os megaeventos, os escandalosos valores pagos para realização da Copa de 2014 já vieram à tona, a Fifa manda e desmanda no país, isso sem falar nas olimpíadas de 2016. Unidade de ação para avançar nas conquistas e construir comitês de luta! O período exige, portanto, que tenhamos unidade de ação entre os diferentes grupamentos que foram às ruas. As organizações precisam aprender com as massas, a prioridade não é a autoconstrução. A formação de instrumentos da classe que permitam um salto qualitativo na organização da mesma. É hora de termos espaços comuns de debates, hierarquizados pela intervenção na luta que imponha pautas de um programa da classe trabalhadora contra o capital. Precisamos participar ativamente do processo de auto- organização da nossa classe nos espaços além dos permitidos e controlados pelo capital e seus governos. Acreditamos ser o momento de propor a construção de comitês autônomos de luta popular e nos locais de moradia, nas escolas, nas universidades. Amplos espaços de discussão e ação onde seja possível organizar cada vez mais as massas que hoje vão para rua de diversas maneiras. É nossa tarefa aprofundar a construção de um programa de massas com bandeiras unitárias como a desmilitarização da polícia, ou até o seu fim como é concebida hoje. Nesse tema, devemos buscar ajuda dos diversos grupos que discutem o tema da segurança pública sob a ótica da esquerda; o controle social da mídia para por fim ao monopólio nas comunicações; as questões relativas ao meio ambiente; moradia nas cidades; os 10% do PIB para Educação Pública Já! Coletivo Resistência Socialista, junho de 2013.
Posted on: Tue, 09 Jul 2013 03:20:30 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015