Nâo há como não publicar esta entrevista (e incrível - TopicsExpress



          

Nâo há como não publicar esta entrevista (e incrível brincadeira), elaborada pelo meu grande amigo, hoje em Brasília, Rodrigo Fudoli, fruto inclusive de um trabalho de pesquisa das riquezas de minha amada Nova Venécia, e que achei incrível. Para quem não sabe, e para entender o contexto, na Faculdade fazíamos parte do grupo "LOS DIABLOS", então considerada "a maior banda juris do Brasil", sendo um dos compositores, cantores e, eventualmente, instrumentista, tocando principalmente saxofósforo, instrumento esse derivado da caixa de fósforo (de madeira) pinheiro, que aprendi a tocar nos bares próximos à faculdade. Bezerrinho é um grande cantor Belo Horizontino, que gravou duas de minhas músicas (do Tempo do Los Diablos), "Para Janaína" e "De Hugo para Raimunda (Melô do Cachorrão)", em seu reconhecido cd "Baixaria de Alto Nível". Vamos lá: NOVA VENÉCIA, 3 DE JUNHO DE 2013 - Contestador. Agudo em suas observações (é dele a expressão "cercas morais" para se referir às sebes que rodeiam os prédios de Brasília). Dono de uma das vozes mais rascantes do cancioneiro popular. Esse é Ronaldo Gonçalves de Assis, o "Ronaldão", que nos recebeu em sua confortável residência na cidade capixaba de Nova Venécia, para falar de seu novo trabalho, intitulado "Dez Caminhos". O romantismo e as tristezas do amor mal correspondido brotam da bolacha, que conta com uma dezena de petardos que alvejam diretamente o coração dos mais desavisados. Já sem as volumosas madeixas que se tornaram sua marca registrada no "Los Diablos", onde marcou presença ao violão, segunda voz e pilotando seu lendário saxofósforo, Ronaldo Assis, como agora é chamado ("foi por orientação de um numerólogo", diz ele), ele surpreendeu: LOS DIABLOS NEWS - Obrigado por nos receber. Por que você se radicou no município de Nova Venécia? RONALDO ASSIS - A musicalidade do rio Cricaré sempre me atraiu. Além disso, a presença de grandes jazidas de granito traz uma sonoridade metálica ao ambiente, o que favorece as minhas composições, que retratam a dureza dos corações partidos. LDN - Seus fãs ficaram chateados com a exclusão de "Eu vou deixar de amar você" da lista de músicas do novo CD. Não se fala de outra coisa nas redes sociais. RA - Você sabe como são essas coisas de direitos autorais. Minha produção teve dificuldade de obter autorização junto ao detentor, a "Manuel Corporation Ltda." É uma pena, pois a canção casaria bem como repertório gravado e - bem sei disso - os fãs a adoram! LDN - Fale-nos sobre a história de "Para Janaína". Diga-nos a verdade: essa mulher realmente existiu? RA - Não posso dizer nem que sim, nem que não (muito menos o contrário). Vou deixar a imaginação de cada um criar suas próprias asinhas. Acho que é esse um pouco o papel do artista, não é mesmo? Sugerir, ao invés de dizer. Curioso é que pouca gente sabe que a música, que aparece no disco com um arranjo de forró, era originalmente em ritmo de rock. LDN - "Uma doce ilusão" é, para mim, a melhor música, principalmente o refrão. Qual é a inspiração? RA - Costumo dizer que todas as minhas músicas são compostas com base em episódios da minha vida. Nada ali é inventado. A música que você citou fala desse sentimento universal do amor abandonado. Quem nunca passou por isso? LDN - Pudemos notar que esse registro é herdeiro legítimo da tradição do sertanejo da segunda geração (pós Tonico e Tinoco e pré Sertanejo Universitário). RA - É, sou do interior de Minas Gerais, e essa foi uma opção natural para mim. Em outros trabalhos, com o "Los" e com o Bezerrinho, eu ficava um pouco preso e acho que precisava desse espaço para mostrar meu verdadeiro eu. LDN - Chega a hora da despedida. Agradecemos muito pela recepção. Nossos parabéns pelo disco. A família Los Diablos está orgulhosa! Queremos mais! RA - Eu é que agradeço.
Posted on: Mon, 09 Sep 2013 02:59:18 +0000

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