Não quero ter qualquer esperança ou expectativa de algo em troca. Sou eu, simplesmente eu. E eu não existo pra agradar ou desagradar, eu existo pra trazer equilíbrio. Sou opositor, sou o do contra. Eu peso pra onde menos há. Eu pondero. Eu quero amar os menos amados. Eu quero pisar na grama. Falar nu, e andar transparente. Quero sofrer da mesma indiferença que todos em algum momento sofreram. Quero arrancar imperadores de seus tronos. Eu quero fazer deuses sangrarem. Quero destacar o deus que há em cada coração miserável. Quero que os cegos vejam, e aos ingratos a escuridão. Quero puxar cordas pro lado das marionetes. Se possível, arrebentar, com o cuidado de alimentá-las com informação. Pra que elas não caiam desesperadas e revoltadas no chão com a própria liberdade. Se necessário matar, mate com respeito. Quero que a água do meu sangue chova nas suas terras. E você beba e se alimente de mim. Feito sempre fizemos de nossos irmãos, e quero que você reconheça nossa irmandade, com o sentimento que for e tiver, e reconheça também que nesse caos ordenado, o equilíbrio é inevitável. Renda-se. Pense! Reflita! Conceda-o e deixe fluir. E poderei morrer em paz. Deixar de existir, nunca pedi existência alguma, mas eu a assumo. Esse "meu" corpo é uma escolha, um karma, de meus ancestrais, eu usá-lo é uma escolha minha, um karma meu. É com certo anseio e arrependimento que aguardo e me dirijo pra quando não serei mais necessário.
Posted on: Sat, 14 Sep 2013 08:46:44 +0000
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