Não sou católico, nunca fui adepto a doutrinas e dogmas, nem a - TopicsExpress



          

Não sou católico, nunca fui adepto a doutrinas e dogmas, nem a papas. Mas me sinto extremamente motivado a expor minha sincera admiração ao atual pontífice. Ele claramente vem preocupando tanto os setores mais conservadores da própria igreja católica, quanto aos líderes das seitas neo-pentecostais evangélicas. O motivo: a preferência pelos pobres. Essa é a característica fundamental que norteia o princípio básico do cristianismo e é a base da filosofia cristã, que no decorrer dos anos, vêm sido fuzilada pelas ideologias prosperacionistas e pela proliferação da visão arcaísta do Deus vingativo, mercenário, escravocrata e mercantil. Particularmente no Brasil, vemos proliferar um perfil nada ortodoxo de um Deus que assassina seus filhos mais rebeldes, condena ao inferno não apenas os pecadores, como também os fracassados e perdedores. Um Deus implacável e altamente inflexível. Perfil esse que não entra em sintonia com a visão benevolente, paciente e, sobretudo, amorosa da qual sempre se ouvira falar. O Papa Francisco vêm ao Brasil em um momento no mínimo oportuno, onde, acima de qualquer instituição ou dominação religiosa, vem se espalhando como vírus uma corrente filosófica burra e sem fundamentação, que vem transformando muitos brasileiros em um bando de zumbis, seguidores de um Deus vazio e sem escrúpulos, personificado em pastores e bispos mercenários. A maior liderança religiosa do mundo vêm trazendo uma mensagem totalmente avessa a essa febre que vem assolando nosso país. Mais que isso, ele vêm para resgatar o princípio fundamental da original mensagem cristã: A opção pelos pobres. Isso soa mal aos ouvidos dessas lideranças, pois para elas, a fé vem embalada em um pacote de ouro e prata. Eles se esqueceram de dizer às pessoas que, simplesmente, Cristo foi pobre. Pobre mesmo. E o pior é que os seus seguidores jamais atentam para esse detalhe. Espero profundamente, apesar das minhas críticas a muitas posições do catolicismo, que a visita do pontífice venha reacender tanto nos católicos quanto nos não-católicos a chama há muito apagada nos corações dos teólogos da prosperidade e dos seus seguidores: a chama da humildade. Pois esse, sim, é um chamado universal à fé e ao amor. Um chamado sem religião definida, sem fronteiras, sem dogmas. A opção pelos pobres é a verdadeira opção de qualquer cristão, seja lá de onde for.
Posted on: Wed, 24 Jul 2013 16:40:36 +0000

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