O CABARÉ E O TANGO Na manhã seguinte, Marcos acordara às oito - TopicsExpress



          

O CABARÉ E O TANGO Na manhã seguinte, Marcos acordara às oito horas não havia sol. A atraente Buenos Aires estava nublada com céu de névoa e um frio constante. Fora tomar o café na companhia de Elvi e das crianças. Elena pôs à mesa, sentaram todos como se fosse uma regra, primeiro o embaixador servira-se de pães e a xícara grande de café, de esmalte ou porcelana. Viera a Elvi, que servira as duas filhas dos diplomatas. Terminado o café da manhã ou breakfast! __Querida, passe-me os pães e a garrafa de chá!--exclamou Marcos aquele momento. __Filho, por favor, coloque o guardanapo!__ disse Elvi a uma das filhas. __Mamãe quero pão! __Elvi, estou me ausentando essa manhã, preciso ir a embaixada o Paulo Calais o João Henrique me aguarda esse momento em sala. A Ana Alencar me telefonara há vinte minutos dizia que o Cônsul Manuel Coutinho viera vindo de São Paulo ontem à noite. __Marcos, querido pode lavar as meninas a escola?__ perguntou Elvi sentando à mesa e servindo-se de uma xícara de café. O embaixador ergueu-se, limpou os lábios e o vasto bigode com o guardanapo de pano, colocou o terno e casaca de couro que estavam sobre o sofá. Depois, despedira de Elvi com um demorado beijo. Ao entrar na sala de gabinete no consulado Marcos Aluisio o embaixador cumprimentara a todos. O Paulo Calais viera brevemente para diante dele. __S.r. Marcos o jantar fora alegre ontem no “fine girls”, depois fomos ao porto na companhia de Joaquim que nos levou ao Cabaré para ouvir o Tango. Depois de contar os acontecimentos da noite anterior Calais ergueu-se do sofá, foi até a cozinha tomar uma xícara de café. Elvi Ingride era esposa de Marcos Aluisio o embaixador do Brasil. Tinha a elegante Elvi sua virtude ou talento era o de conduzir sua casa com rigor, com severidade. A Elena Janete lhe dava toda atenção a Elvi. Depois desses acontecimentos na manhã seguinte ergui-me às onze. Fui ao banho, tudo com a observação de Elvi. Embora, preocupado com Calais que estava me aguardando na sala da embaixada, pude contar o que ocorrera no jantar do cônsul. Elvi Ingrede permanecera surpresa com os detalhes do que Marcos relatara-lhe. Desceu as escadas colocando o terno, foi para a mesa. Tinha arroz integral que a Elena Janete trouxera de Brasília. Havia feijão preto com farofa, o tradicional churrasco à brasileira. Após a refeição pude ler dez paginas de Os maias, romance esse do escritor português Eça de Queirós. Ler o realismo para compreender a narrativa, o romancista pode aprender escrever contando o real. Sua casa era modesta para um diplomata. Embora Marcos fosse fidalgo no vestir-se esse diplomata que tinha seu prestígio, sua liderança, mas, também sua reputação de excelente administrador. Nunca se sentira descontente na presença de Elvi. Calais de outro modo dera ao casal ânimo suficiente para continuar na Argentina. Esse desejo vaidoso e divulgado, que a Elvi sempre dissera nos cafés, nas reuniões à tarde com as amigas. Essa presunção dela em ser nota nos diversos jornais e diariamente conhecida e admirada por Elena. Passaram três dias, Elvi contemplava o nobre Marcos que sentado à mesa da sala de jantar estava a ler um romance e assinava uns documentos de convênios do Brasil com a Argentina. As nuvens da varanda da casa grande do embaixador estavam um pouco baixas, também pudera estavam perto do porto no litoral argentino, lá no porto quando a noite vinha vinda era o mesmo ar nostálgico, todo sabor melancólico sentira-se na brisa fagueira que passava pelos becos, vielas e praças, havia os quiosques perto da calçada da orla marítima. As avenidas largas do comercio e os muitos prédios antigos de uma arquitetura quase que europeia dava também um aspecto ou aparência generosa aquela cidade, aquela megalópole. Na frente de Elvi refletira todos os dias que Elena a ajudara nas compras, na arrumação da ampla casa. Meu pai, o pai do Paulo Calais era um bom companheiro. Tinha Rubens Emanuel de Lemos um metro e setenta, seus olhos verdes claros, seu rosto comum a todo nordestino era arredondado e de cabeça chata, seus cabelos castanhos escuros dava-lhe uma aparência jovial, tronco atarracado e forte ainda; mesmo aos sessenta anos aparentava vigor excelente. Entretanto, a sua saúde não era como há de vinte anos. Nessa época quando advogava na capital de Pernambuco para o ilustre governador Carlos Albuquerque de Araújo. Este era amigo de Rubens Emanuel desde os tempos de estudante e da revolução de 1964. Essa época muitos militantes comunistas foram presos nos porões da ditadura, nos quartéis, nas delegacias e foram sacrificados pela opressão que se estalara no Brasil. Rubens Emanuel e Carlos Albuquerque foram presos por serem simpatizantes do marxismo. Permaneceram ambos por um ano presos. Esse relato tingido de drama tem sido revelado pela televisão Brasileira nas novelas e livros de autores estudiosos deste tema. Recordava-se Calais que o Rubens seu pai e o Carlos criaram as associações de lavradores o que o presidente do Brasil João Goulart apoiava. O PTB partido de Getúlio Vargas presidente brasileiro durante o estado novo e ditador tinham muito prestígio e o ilustre Carlos Albuquerque era partidária do PTB, que tinha por oponente ou oposição a UDN-união democrática nacional. E o liberal PSD daquela época. O Paulo Calais contava tudo isso, todos estes fatos ao amigo Marcos enquanto tomava goles de café, e fumava o cheiroso charuto baiano. No entanto, viera Ana Alencar trazer-lhes noticias do Itamaraty. Na frente deles ao piano estava o chanceler Wilson que vestido num casaco da moda, o seu chapéu de empasto sabia-se ser um verdadeiro fidalgo. Veio Elvi acompanhado de Elena anunciando-os o jantar. Quero me lembrar de que a Senhora Elvi Ingride era muito vaidosa vestida de seda branca com perolas verdadeiras costuradas no decote, oposta a Elena menos vaidosa com seu uniforme elegante mais não muito requintado. Os emigrantes ou turistas brasileiros conversavam na manhã com Elena e o embaixador Marcos na sala. Elvi à porta de pé recordara-se Elena, estava a olhar para os visitantes da embaixada. Elvi depois entrou na sala, cumprimentou a todos os presentes. Veio Calais que na mão entre os dedos tinha um charuto aceso.
Posted on: Mon, 22 Jul 2013 23:29:55 +0000

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