O CRISTÃO E O MOVIMENTO – SÍNTESES O diálogo rico que tive com alguns maninhos nos últimos posts me ajudaram a refletir no seguinte: 1- Nossa regra de atuação deve ser baseada no Amor (com tentei dizer em minha escrita). Nosso intuito não deve ser o de atuar contra alguém, mas a favor das pessoas e por amor a elas. E para agirmos corretamente e de forma adequada no Amor, precisamos da sabedoria dEle, adquirida no relacionamento com Ele. Podemos muitas vezes achar que estamos agindo em nome do Amor, fazendo coisas erradas. Tudo isso porque não estamos em consonância com Seus propósitos. Exatamente por falta de comunhão com a Fonte. Assim, fazemos as coisas por nossos interesses pessoais, por egoísmo e ainda dizemos que é em nome do Eterno. Hipocrisia nossa. 2- Assim como vimos Elias contra os profetas de Baal, João Batista enfrentando Herodes de frente, Jesus com o chicote no tempo, percebemos também o Cristo e muitos dos seus servos (referências de conduta espiritual para nós) realizando ações discretas ou somente conversando com pessoas de forma pacífica, não falando contra governo algum. A questão é que suas ideias e filosofias norteadoras de vida eram diametralmente opostas às dos seus líderes políticos corruptos e maliciosos. Apesar de não atacarem a pessoalidade deles, punham em xeque seus paradigmas que sustentavam a autoridade e davam lógica aos valores e estilos de vida propostos por seus comandos. Simbolicamente, isso espancava o fígado deles. Cristo muitas vezes não agiu frontalmente contra a liderança Romana ou Judia, mas suas doutrinas e inversões de valores iam fortemente contra à proposta de governo e de vida deles e isso os incomodava muito. Essa forma pacífica do Cristo atuar, mudava paradigmas básicos estruturais da época e provocava revoluções fortíssimas em suas bases políticas que fizeram esses caras desejarem matá-lo. Por exemplo, quando Ele dizia ao povo que todos (escravos e senhores) eram iguais perante Deus, quando ele curava pessoas evidenciando sua divindade, quando valorizava samaritanos e outros rejeitados sociais em suas falas e atitudes...isso representava uma loucura naquela estrutura social. Mesmo Ele não atuando contra os governos, frontalmente, suas ideias promovidas pacificamente faziam isso mais poderosamente do que se ele jogasse uma bomba ou promovesse luta corporal. 3- O que entendo em todos esses casos, como síntese de toda essa discussão (que o Eterno nos permite ter em liberdade de expressão) é que nossa luta precisa ser a favor dos valores do Reino e de tudo que ele promove. Em nome disso, em algumas vezes teremos que confrontar pessoas, não porque estamos contra elas, mas por suas ideias e atitudes que contradizem e impedem o exercício dos propósitos do Eterno. É como se você tocasse fogo em um tecido contaminado para que o mesmo não prejudicasse alguém. Imagine então que uma pessoa resolve pegar o objeto em chamas em suas mãos. Nesse sentido, seu objetivo não era ferir o indivíduo, mas isso ocorreu porque ele resolveu tomar e manter nas mãos o pano flamejante. É isso... poderemos ir contra os paradigmas que outros abraçam e isso poderá afetar fortemente o cidadão portador da contraposição. Repito: tudo precisa acontecer em Amor, por amor e para glorificar o Amor. Com sabedoria do Amor e em contato com ele, a forma certa virá: frontal ou não, militante efusiva ou discreta, direta ou indireta, falando, gritando ou só agindo, em massa ou segmentado, com equipe ou individual... apenas nunca sendo omisso e nunca passivo! Portanto precisamos nos dispor à sua vontade como ferramentas do seu querer e Ele nos dirigirá os propósitos e as ações.
Posted on: Sun, 23 Jun 2013 05:12:54 +0000