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O Coletivo Mobicidade foi convidado pelo Governo do Estado da Bahia para debater, juntamente com outras entidades representativas do estado e com o governador Jaques Wagner, sobre o contexto social no país. O objetivo do evento foi esclarecer e detalhar as demandas de moradia, da juventude, de segurança pública, transporte e mobilidade, entre outras. Nesta oportunidade de diálogo com o Poder Executivo, apresentamos nossas decepções, questionamentos e propostas em relação à atual estratégia de mobilidade na Bahia. O texto que apresentamos aqui (link) foi entregue ao Governador, após expressarmos seu conteúdo resumido com os pontos mais relevantes. Jacques Wagner afirmou que as observações e propostas seriam “processadas”. Entre os pontos abordados pela carta, ressaltamos a distorção dos investimentos em políticas que favorecem os meios motorizados, como pode ser observado no gráfico abaixo, em que o modal bicicleta representa somente 0,43% de todos os investimentos mais recentes por parte do Estado da Bahia em mobilidade. Mesmo sabendo que alguns destes projetos contemplem, de forma mínima, a implantação de ciclovias bidirecionais e da criação de corredores exclusivos para transporte coletivo, estas ciclovias não tem garantias de que estarão conectadas com as demais áreas da cidade. Um exemplo, que já deixou de ser projeto para se tornar um fato, são os trechos de ciclovia construídos entre a Rótula do Abacaxi e os Dois Leões pela Via Expressa, pois não tem integração, conectividade, tratamento adequado, ou seja, são elementos tão estranhos que já se tornaram estacionamentos. Quanto às 4 passarelas que serão implantadas na Via Expressa, ainda que sejam equipamentos para uso dos pedestres, atendem apenas aos desejos de travessia ao custo de uma caminhada mais demorada e sofrível em nome da “suposta segurança” no simples ato de atravessar uma rua. Sendo assim, não é admissível que numa via que proporciona caminhadas sofríveis, equipamentos implantados para catapultar as travessias a um desnível que não ofenda a fluidez e alta velocidade motorizada seja considerada investimento para pedestres. Devemos ressaltar que em antítese disso tudo, velocidades menores para carros, com velocidades médias maiores para transportes coletivos, ciclistas e pedestres, tornam as ruas mais atrativas – atributo fundamental para cidades sadias e seguras. Altas velocidade, menos pessoas nas ruas e insegurança pública não são mera coincidência. No momento em que a pesquisa Origem/Destino 2012 revela que menos de 20% dos deslocamentos feitos em Salvador são realizados por automóveis individuais, o restante, ou seja, mais de 80%, por meios não motorizados e transportes públicos, percebemos que os investimentos públicos não seguem essa tendência, nem ao menos atendem as prioridades determinadas pela Lei Federal 12.587/2012, que estabelece a Política Nacional de Mobilidade Urbana. Vamos manter o debate constante junto ao poder executivo municipal e estadual buscando sempre uma mobilidade mais justa e diversa.
Posted on: Fri, 06 Sep 2013 20:22:10 +0000

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