O INÍCIO DA ESTATIZAÇÃO VIRTUAL DA CULTURA E DA - TopicsExpress



          

O INÍCIO DA ESTATIZAÇÃO VIRTUAL DA CULTURA E DA IMPRENSA (Opinião Mídia Inversa) Cobrindo quase integralmente protestos e manifestações, como os minoritários e barulhentos movimentos sociais "Marcha das Vadias", "Black Bloc", "Movimento Passe Livre", entre outros, expandiu-se a novíssima Mídia NINJA, organização administrada pela rede Fora do Eixo. Em poucos meses, o modelo de transmissão ganhou repercussão e, ironicamente, passou a ser citado na imprensa tradicional, tão criticada pelos próprios. O "FdE", por sua vez, mais amplo e com dez anos de existência, surgiu para promover produções artísticas, apoiar festivais e prestar consultoria, segundo as palavras do próprio fundador, Pablo Capilé. Pode se dizer, e os próprios dizem, que o Fora do Eixo, através dos "coletivos", realmente organiza e participa de festivais culturais por todo o Brasil, de corpo presente. Quer dizer, não seria apenas virtual a atuação da rede. Mas qual é a atividade real? É apenas como marca? Apenas como símbolo de conexão entre vários eventos espalhados por todo canto? Quem trabalha de fato, é o Fora do Eixo ou os artistas, produtores e demais programadores culturais? Quem faz a roda girar, quem são os profissionais da coisa toda? Ultimamente, a rede esteve envolvida em longas acusações e apavorantes declarações, relatadas pela cineasta Beatriz Seigner e também pela estudante de jornalismo Laís Bellini, contando como se desenrola o funcionamento interno do negócio - e dá pra chamar de "negócio", no sentido mais comercial da palavra mesmo, devido ao dinheiro que surge e se multiplica em cada passo dado pelo grupo. Também se divulgou a informação de que há patrocínios estatais, demonstrando um indício de forte auxílio financeiro. Em 2012, por exemplo, o grupo movimentou cerca de 13 milhões de reais. Os números são impressionantes e suspeitíssimos, ainda mais pra quem se intitula como mídia "alternativa" e "independente". O dinheiro vem de todas as direções: De cima, recursos públicos e iniciativa privada; e de baixo, com o dinheiro de membros e colaboradores das "casas" do Fora do Eixo. Enfim, ainda nas acusações, há relatos de problemas graves, como escravidão, exploração de trabalho sem remuneração, pressão psicológica. Em seu depoimento, Laís tratou a organização como "seita". Vale lembrar que, aos poucos, muitas dúvidas e rumores quanto as intenções do grupo já estavam se desenvolvendo. Embora o chefe Capilé - malandro, em meio a desculpas hábeis e respostas indefinidas - não defenda claramente o PT, José Dirceu, o ex-ministro chefe da Casa Civil, foi o convidado de honra para a festa da revista "Fórum", que ocorreu em uma das Casas do Fora do Eixo. Outra figura importante da Mídia NINJA é Bruno Torturra, jornalista, que tende a ser a mente estrategista por trás da organização. Este último é o mais experiente, já tendo trabalhado na hostilizada grande imprensa. Não é coincidência que defenda com bastante eloquência e esperteza as atividades desenvolvidas pelo grupo. O que sobra e o que se pode entender com isso? Além de questionamentos, há uma relação dessas ações com projetos e atitudes do governo federal. Para citar um exemplo, temos a Lei Rouanet, que capta recursos para realização de eventos culturais, e assim pode indiretamente ajudar a administrar a Mídia NINJA em suas atuações pelo Brasil. Seriam então, a rede Fora do Eixo e a sua versão mídia, as primeiras empresas estatais dos meios virtuais de imprensa e cultura. O próprio Rui Falcão, presidente do Partido dos Trabalhadores, falou no programa Roda Viva da TV Cultura sobre a favorável militância que essas organizações prestam ao governo atual. Mas há quem possa dizer que o trabalho é livre e independente, sem estabelecimento nítido de apoio. Ingenuidade, no entanto, não entender que a tentativa consiste exatamente no respaldo mútuo, considerando a existência de uma óbvia convergência de objetivos e ideologias. Carregando a bandeira da defesa de "políticas públicas de cultura e comunicação", podem ser caracterizados - em meio à massificação, e justamente num dos momentos mais incertos da "era da informação" - como os primeiros braços do Estado em uma proposta inicial de controle virtual de opiniões e expressões. Senão de maneira efetiva, pelo menos como tentativa. Ou como teste investigativo de alcance do poder. E não se pode esquecer também de outras propostas que circulam no congresso, como o Marco Civil da internet e o Marco Regulatório das Comunicações. Todos esses suspeitos e desconfiáveis, em torno da imprensa e das redes sociais - interpretados como uma forma de censura. Recomendamos: foradoeixo.sx/ Fontes: - https://facebook/beatriz.seigner/posts/10151800189163254 - casa.foradoeixo.org.br/?p=4563 - https://facebook/lcbellini/posts/702021409824865 - youtube/watch?v=GbUL-21jif8
Posted on: Mon, 12 Aug 2013 04:54:52 +0000

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