O LIVRE ARBÍTRIO A VONTADE É UM ATO OU AÇÃO, e nisso - TopicsExpress



          

O LIVRE ARBÍTRIO A VONTADE É UM ATO OU AÇÃO, e nisso distingue-se do livre-arbítrio, faculdade própria do homem que, pelo fato de possuir a razão, ou pela capacidade de ser racional, é capaz de escolher entre várias possibilidades. LIVRE-ARBÍTRIO É O PODER DE AGIR DE DETERMINADA FORMA, OU DEIXAR DE AGIR, sem nenhuma razão para tal escolha a não ser o próprio alvedrio. Presume, portanto a ESCOLHA DIRIGIDA PELA VONTADE: o indivíduo age de certa maneira porque assim quer e sente-se responsável pelo ato praticado. A expressão liberum arbitrium foi muito usada pelos teólogos cristãos. Para alguns doutores da igreja, como santo Agostinho, distingue-se do conceito de libertas (liberdade), que é o estado de bem-aventurança eterna, no qual não é possível pecar. Por ser a capacidade de escolher entre o bem e o mal, O LIVRE-ARBÍTRIO é "a faculdade da razão e da vontade, por meio da qual escolhe-se o bem, mediante o auxílio da graça, e o mal, pela ausência dela". PARA QUE O LIVRE-ARBÍTRIO SEJA EXERCIDO EM SUA PLENITUDE NÃO DEVE HAVER IMPEDIMENTOS EXTERNOS AO MOVIMENTO. Essa afirmação é válida tanto para a liberdade de palavra, quanto para a de ação ou de crença. Em certos casos, presume-se que a liberdade não pode ser exercida: quando é fisicamente impossível realizar a ação em perspectiva (evitar adormecer quando o sono é incontrolável) e quando o agente é premido por um condicionamento psicológico inevitável (nos quadros neuróticos ou psicóticos, por exemplo). Em outras situações, diz-se que a margem de atuação do livre-arbítrio é reduzida: quando agimos contrariamente a nossa vontade, para cumprir uma obrigação legal ou moral; quando estamos sob forte pressão emocional ou sob efeito de hipnose ou lavagem cerebral; quando sob chantagem ou tortura. Para santo Tomás de Aquino, embora o livre-arbítrio pareça designar um ato, ele é na verdade uma potência ou faculdade, por meio da qual podemos julgar livremente. Assim sendo, tal potência não pode ser confundida com o hábito nem com nenhuma força a ele submetida ou ligada. EM PRIMEIRO LUGAR, é impossível para seres finitos terem livre arbítrio. Se pensarmos no exercício da vontade como o movimento da mente rumo a uma certa direção, surge a questão quanto ao que move a mente, e por que ela se move em direção aonde se move. Mesmo se supormos que a mente possa mover-se por si própria, ainda nos fica a questão do por que dela mover-se a uma dada direção, isto é, porque escolhe uma opinião em vez de uma outra. Se se traça o movimento e a direção da mente a fatores externos à própria mente - fatores que se inculcam sobre a consciência vinda de fora, e assim influenciando ou determinando a decisão - então como esse movimento da mente é livre? POR OUTRO LADO, se se traça a causa às propensões inatas da pessoa, então tal movimento da mente, igualmente, não é livre, visto que tais inclinações embutidas não foram livremente escolhidas (ou seja, sem influências externas) pela pessoa em primeiro lugar, todavia determinam as decisões que ela toma. Se as decisões de uma pessoa são determinadas por uma mistura de propensões inatas e influências externas, fica que ela não tem livre arbítrio. Se a mente toma decisões baseada em fatores, causas e influências não escolhidas pela mente mesma, então tais decisões não são livres. Ainda que possamos afirmar que o homem tenha uma vontade, de modo que a mente possa realmente mover-se para diferentes opções, a faculdade e a razão para tal movimento nunca é determinada pela mente em si própria, mas por alguma outra coisa que não ela mesma (no caso, Deus). Portanto, Chamar o homem a se autoexaminar é entre outras coisas evocar a sua racionalidade, convidá-lo a uma profunda reflexão sobre si mesmo. É convidá-lo a praticar juízos. É chamá-lo ao exercício sua autonomia como pessoa humana. O apóstolo Paulo exortava os crentes de Corinto, que não se portavam na ceia de maneira adequada, da seguinte forma: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo (...)” (1 Co 11:28a). Em outro momento, ainda endereçando sua fala aos coríntios o apóstolo afirma: “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos.” (2 Co 13.5).
Posted on: Fri, 16 Aug 2013 04:41:43 +0000

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