O MASSACRE NO EGITO E O FUTURO DA REVOLUÇÃO NAQUELE - TopicsExpress



          

O MASSACRE NO EGITO E O FUTURO DA REVOLUÇÃO NAQUELE PAÍS Causou comoção em todo o mundo o massacre realizado pelas forças policiais e pelo exército egípcio na quarta-feira passada. Nas contas oficiais mais de seiscentas pessoas foram assassinadas. Um banho de sangue. A Irmandade Muçulmana, cujos acampamentos foram atacados gerando toda esta tragédia, busca a volta ao poder de seu dirigente (Mursi) que foi deposto pelo exército, a partir de uma das mais amplas mobilizações de massas já vistas, que pediam a sua saída do governo. O exercito agiu apenas porque a situação estava fugindo do controle deles. É absolutamente legitimo o sentimento da maioria da população egípcia, de repudio ao governo da Irmandade. Além de manter o modelo neoliberal, Mursi, para colocar em prática um projeto de país baseado em sua religião, desencadeou uma ofensiva repressiva contra a maioria do povo daquele país, com métodos muitas vezes do facismo, utilizando-se de milícias paramilitares para agredir e mesmo para assassinar opositores. O governo da Irmandade Muçulmana tentou, ao seu modo, fazer retroceder as conquistas democráticas alcançadas pelos egípcios com a derrubada de Mubarack. No entanto, a repressão desencadeada pelo governo provisório e pelo exercito egípcio contra as manifestações organizadas pela Irmandade, além de usar de força completamente desproporcional –culminando com o massacre de quarta-feira - não se dirigem apenas contra a Irmandade Muçulmana. Trata-se de um ataque a todo o povo do Egito. Busca fazer retroceder as conquistas democráticas alcançadas desde a derrubada de Mubarack. Trata-se da marcha da contrarrevolução que, antes tinha a cara do governo Mursi e, agora a cara diretamente do exercito e das forças policiais do governo provisório. Isto significa que acabou a revolução egípcia acabou, foi derrotada em um banho de sangue? Não creio que seja essa a realidade. O povo egípcio segue lutando, não foi derrotado. Derrubou Mubarack, depois derrubou o governo de Mursi (com todas as contradições de como isso se deu, com a interferência do exercito, foi isso que ocorreu), e segue lutando. É o desdobramento desta luta (de classes) que está em curso que definirá o futuro da revolução naquele país. Precisamos seguir apoiando a luta do povo do Egito contra seus algozes - o governo provisório e do exercito daquele país. Mas sem esquecer o que já fez contra este mesmo povo a Irmandade Muçulmana, que é apenas outra face desta mesma moeda (portanto não se pode ter nenhuma confiança nesta alternativa). É preciso, no bojo da luta em curso, construir uma alternativa de classe e socialista que possa definitivamente libertar este valente povo de todas as formas de exploração e opressão a que estão submetidos hoje. por Zé Maria do PSTU, subscrito por mim Veja declaração do Secretariado internacional da LIT/CI (Liga Internacional do Trabalhadores – Quarta internacional): pstu.org.br/node/19927
Posted on: Sun, 18 Aug 2013 00:33:50 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015