O MITO DO AMOR ROMÂNTICO “E foram felizes para sempre”... Quando se trata de relacionamentos, até os mais diplomados correm o risco de voltar a acreditar em contos de fadas... E vivem suas vidas em busca do mito do amor romântico, ou seja, na busca de uma pessoa ideal. E, na busca pela pessoa ideal, vivemos relações transitórias. Pessoas que se juram amor eterno e que, no primeiro desentendimento, acreditam que não amam mais e partem em busca de um novo relacionamento. Vivem em busca de um relacionamento perfeito, sem brigas, sem divergências, sem desgaste, sem dor... E assim passam a vida: juras de amor hoje, menosprezo amanhã. Casais que se casam e se separam em menos de três meses... O grande problema do mito do amor romântico é que ele nos faz acreditar que existe uma pessoa perfeita para nós, que o amor do outro será capaz de resolver todos os problemas de nossas vidas; a pessoa amada se torna a responsável pelos desejos e necessidades de seu amante. E essa é uma responsabilidade muito grande que é depositada no outro. O amor não nasce pronto. Amor é construção. Como disse padre Fábio de Melo em seu livro “Quem me roubou de mim?”, “amar não é cultivo de perfeição, mas o contrário. É um empenho de superação de limites. É cultivo constante que nos aproxima da realidade e que nos capacita para continuarmos desejando que o outro continue ao nosso lado”. Amar é exercício constante. Não existe amor perfeito. Amar é a capacidade de ver o que o outro tem de mais bonito e também de mais vergonhoso e, ainda assim, querer estar junto. É saber que a outra pessoa tem defeitos e qualidades, mas que a somatória de tudo resulta em uma realidade pela qual vale a pena lutar. Não existe pessoa ideal, mas sim, a pessoa certa. Amar é aprender a perdoar e ser perdoado. É ver o outro como humano, cheio de medos e falhas, e não como um super-herói capaz de nos salvar de nossos próprios medos. Amar é conseguir se livrar dos inconvenientes que, às vezes, parecem ser intransponíveis... Então quer dizer que não existem casais que vivem felizes para sempre? Há sim... Mas não como nos contos de fadas... Todo relacionamento, para durar, sofrerá desgastes, tristezas, brigas, renúncias e concessões... E o verdadeiro amor nasce da capacidade de superar as dificuldades e do crescimento mútuo de cada um. Amor perfeito? Nem na “ilha de Caras”...
Posted on: Wed, 27 Nov 2013 16:00:21 +0000
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