O PACAMU E O Navio de 32 Carlos Augusto Barros O PACAMU E - TopicsExpress



          

O PACAMU E O Navio de 32 Carlos Augusto Barros O PACAMU E O Navio de 32 Carlos Augusto Barro Uma adaptação do conto popular de Itacoatiara, no Estado do Amazonas. Uma estória surgida em 1932, devido à ‘’batalha naval ‘‘, uma revolta de contexto nacional. Onde os navios Jaguaribe e ingá foram, afundados em frente de Serpa, próximo às velhas Mangueiras de 80 anos, cortadas pela negligência da secretaria do meio Ambiente. A estória do pacamu que morava no navio afundado, em frente da pedra Gulosa (Itacoatiara) em 1932, sempre esteve em minha memória de menino. Serpa em época passada fervilhava de estória; de contos e fábulas originais, nascida aqui como: A mulher virava porca, a cobra grande debaixo da matriz que se estendia ao lago do jauari, a Bota do rio Arari, Fogo fato do lago do ingaepauá e Chupa-Chupa que assombrou os ribeirinhos na década de 1980 do século passado. Como professor, escritor e pai, que acredita na escola pública, crie o projeto RODA DE MEMÓRIA: Reconstruindo Identidade cultural e Cidadania no Município de Itacoatiara. O PACAMU é um peixe místico para o pescador da Amazônia. Esta obra foi construindo como uma cadeia carbônica longa. Que valoriza a Educação Ambiental, os valores dos seres, a ética. O pacamu um peixe humanizado, que observa o comportamento dos homens e sua estupidez com a ECOLOGIA e a sociedade. Uma espécie autodestrutiva (homo sapiens) que apesar de suas tecnologias, não consegue diminuir as desigualdades no Mundo. Esta obra singela foi tecida para uma pessoa, que é meu sol, RUAN CARLOS PEREIRA BARROS, com a esperança que possa ser útil a nova geração. Pai acorda, acorda! - Menino que foi? Uma rede grande de plástico e Azoeis Caindo ao rio... -PORACI! -Se esconde no barranco -Não saia daí. Viu! -Vou ver que tá acontecendo Seu PORAQUÊ viu meu Pai? -Depois daquela grande rede de arrastão, não. PORACI. -Quantos anos têm? 13 anos. -É um bagre forte. -Quantos metros têm? 3 metros. -Sinto muito PORACI. A comunidade perderam muitos camaradas. Devido às redes predatórias Que matam milhares de filhotes e ovos. A prática da rede de arrastão é nociva ao sistema Ecológico. PORACI. Como assim, foram capturados pela rede de Arrastão? ... -Dizem, que os peixes capturados, Pela rede de Arrastão, São levados para um lugar frio e gelado -Cadê sua Mãe? Não conheci minha Mãe. -Ah! . Agora tá sozinho no rio -Let’go. Let’go! -Vamos embora! Não. Meu pai disse Para eu ficar aqui. -Também, então... Filho. -Oi. Lindo. Que faz aqui sozinho? Como seu nome? Meu nome é PORACI. Tu és um pacamu? Sim. Dona-jaraqui. -Comeu alguma coisa? Não. -Querido, quanto tempo estas aqui. Dois sóis e uma lua. -Querido tá fraco. -Lá em casa tem tapioca de gafanhoto -Precisa comer. Onde á senhora mora? -Logo depois do barranco. -Na ilha do jauarizais, lá tem muita fartura. -Vai gostar. Está bem... -Venha PORACI. Uau! Lindo. Dona-jaraqui. O que é aquelas luzes ao longe. PORACI. É a cidade da pedra Gulosa. Meus ancestrais moravam no lago das prainhas. Pedra gulosa era desenvolvida até 1930. Seu lagos, igarapés eram límpidos e cristalinos. Respeitavam o meio ambiente. Gulosa tinha ruas largas e casarões belíssimo e árvores para os homens. Atualmente, ambiente degradado, de esgoto em céu aberto, de embarcações jogando descante de óleo lubrificante no beiradão e Rede de Arrastão que atravessa o Rio Amazonas. PORACI na próxima lua começa a PIRACEMA. Come e descansa um pouco. Mais tarde vai haver um puxirão e uma reunião dos camaradas para discutir sobre as redes de arrastão no rio. Que estão levando em extinção algumas espécies de peixes da Amazônia. AUA. Aua! .O peixe-cachorro está chegando. Ai vem seu PORAQUÊ , o Matrixão , a Curimatã , o seu Cascudo e dona Arraia . Senhoras e Senhores! A comunidade dos peixes está em perigo, todos os anos, toneladas de nossos irmãos, são capturados e jogando ao lixo em Manaus. Essa é formosa dinâmica do capitalismo, e milhares de bocas famintas, daquele mundo do dinheiro e poder. Não podemos aceitar tal atitude. Outra situação são redes de Arrastão que destrói o equilíbrio do ecossistema EM SERPA. Agora abro a discussão. Na primeira falar o peixe-cachorro: A doutora jaraqui, que fez doutorado na universidade Oxford. Falou muito bem. -Precisamos perder o medo. - Ter o poder da indignação! - Os camaradas aceitaram historicamente tal situação. Ser gados humanos. Um Zé bocó na vida. Camaradas! A lua tá boiando, é chegada a hora de lutar pela vida. Preparem seus dentes, energia e força para aquelas redes grandes. REVOLUÇÃO. REVOLUÇÃO! Liberdade... ... Homens pegam a canoas, e atravessa as redes de ARRASTÃO da ponta da ilha do risco ao ingaepauá. Umbora! Quero ganhar bastante dinheiro no Amazonas Vamos cercar todos os cardumes saindo do assacú. Vamos levar tudo pra BELÉM. Toneladas de peixes caindo nas redes de arrastão. ... PORACI! Estão á espera dos nossos irmãozinhos vacilar. Venha! seu peixe-cachorro. Vou rasgar essa Malhadeira. - Tem algum animal grande borbulhando no rio - Olha o rebojo... - Olha um grande Pacamu Grande. -Tá rebentado as Malhadeira e os cardumes tá indo embora! Tá.tá .tá .tá .tá taaá .toooó .tó.tooooo - Homens saem das canoas e venham pro barco. - Esse Pacamu tá furioso. - Esse Pacamu pode comer um homem, Tranquilamente. -Tá estrondando de raiva. PORACI. Na pedra Gulosa tem um navio. Vamos sair daqui. E levar Todos salvos. Camaradas vamos pro navio de 32. Faça uma Comuna De peixinhos, de peixes doentes e peixes velhos. Em Frente... Frente! Maravilhoso! Um navio grande de 50 metros. Guardado pelos esqueletos de sua tripulação com 70 almas. Silencioso e lindo. Um navio agora é meu. Meu lar. Minha casa. Estou em paz com os meus sonhos Com á memória dos meus pais. Com o ensinamento que tudo pode, quando tem limite. Carlos Augusto Barros, Engenheiro Florestal, Pesquisador e Poeta. Membro Fundador da Academia Itacoatiarense de letras (AIL). Organizador e coautor do livro Nheengare: Antologia poética Itacoatiarense, dos filmes; vida vazia e a benzedeira. Coordenador do grupo de teatro ARUAK por dez anos. Das pesquisas: Etnobotanica de plantas medicinais utilizada por Raizeiros na comunidade do Jauari. Levantamento de Macrófitas próximo a Itacoatiara, e co-orientador da Monografia: comercialização de plantas medicinais no município de Itacoatiara. Professor jovem cientista, com duas pesquisas fomentadas pela Fapeam. Etnografia na Educação e Etnoecologia: Econômico da Microrregião do Rio Arari. Obras a publicar, Moara: Composição da Noite, Nheengare 2°edição, Etnobotanica: Estudo do Raizeiros da Comunidade do jauari. Etnoecologia: Estudo Econômico da microrregião do Arari. Jauari: 147 anos história, Economia e Cultura. Romance, Maria Tereza. Verbete Nheengatu: Um pequeno dicionário Etnolinguistico do Município de Itacoatiara. Atualização e correção da Etnografia na Educação.
Posted on: Sat, 10 Aug 2013 12:32:57 +0000

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