O Projeto do governo Dilma contra a espionagem e os médicos no Brasil Na próxima semana, a presidenta da República apresentará um nova proposta para enfrentar mais um dos desafios atuais da nação brasileira. A idéia é a de enfrentar o problema da desavisada espionagem dos EUA no Brasil. Ninguém discute a importância do projeto, que visa evitar os claros impactos que a espionagem produz, já que informações privilegiadas, governamentais ou mesmo comerciais poderiam prejudicar sobremaneira os destinos de várias questões estratégicas em nosso país. O projeto, pelo que circula nos corredores do Planalto, busca ser pontual, atingindo o problema na sua origem. A idéia fundamental é a de importar todos os espiões norte-americanos para desempenharem a mesma atividade, mas no Brasil, invertendo os pólos da questão. Afinal, utilizando-se do know-hall de espionarem a vida alheia, poderão certamente, desempenhar papel importante na mudança do jogo em nosso País. A proposta segue a mesma linha anteriormente apresentada para solucionar a carência de médicos no Brasil, importando médicos cubanos, cerca de 6000, para desempenharem o trabalho em locais desprovidos da presença do Estado nessa área. Já estamos importando "de um tudo", afinal, por que não importarmos médicos para resolvermos o problema da saúde no Brasil? Mas, a proposta não foi a frente porque chegou-se à conclusão que mesmo que se importassem médicos de outra localidade, haveria ainda outros problemas ligados à carência de saúde dos brasileiros, não afeitos à de profissionais, mas à falta de equipamentos, investimentos, corrupção, mal gerenciamento, entre outros, de modo que a solução não atenderia seu papel. Para substituir o projeto de importação dos médicos, outra idéia ainda mais genial: exigir dos médicos recém formados, dois anos de sua atividade, compelindo-os a trabalharem pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A medida provisória, que já foi remetida ao Congresso Nacional, altera a estrutura acadêmica e de trabalho dos Médicos, obrigando-os a doarem dois anos de sua vida profissional. O programa já tem nome “Mais Médicos para o Brasil”. Dizem as "más línguas", que já se fala em outra proposta semelhante em que vereadores fariam o mesmo, podendo a proposta se estender futuramente a outras áreas do legislativo e do executivo. O nome seguiria quase a mesma linha: "Menos vereadores para o Brasil". A idéia dos médicos serem obrigados a trabalharem por dois anos, é mais uma mirabolante idéia simplória para se enfrentar problemas complexos. Na verdade, a solução apontada, assim como dos fictícios projetos mencionados, atinge não o cerne dos problemas, mas a insatisfação gerada pelos mesmos, expressada nas incessantes marchas de manifestantes da nação, já cansados de tanta cortina de fumaça para esconder o incêndio atual de descontentamentos dos mais variados. Em vez de se discutir os problemas e suas reais soluções possíveis, a curto, médio e longo prazo, a idéia fundamental é a de como solucionar a insatisfação da nação acerca de tais problemas. O planalto busca preservar a aprovação política dos brasileiros, não a real solução dos problemas, visando assegurar a reeleição e o projeto de continuidade no poder, esse sim, o maior problema encarado pelo planalto. Fazer troça com a inteligência dos brasileiros, ao que tudo indica, não está mais dando certo. Eder Wilson Gomes, é sócio da Gomes & Consalter Advogados Associados.
Posted on: Sun, 14 Jul 2013 15:24:17 +0000
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