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O QUE OS POLÍTICOS E O GOVERNO QUEREM OMITIR NA PROPOSTA DE REFUNDAÇÃO PSD-CDS E PS par Evelyn Moraes E Castro (Articles), 20 octobre 2012 O Poder para a concretização do Projecto Poder Central, detido pelas instituições internacionais opacas, tais como FMI, Banco Mundial, OCDE, OMC, suprimiu o poder do governo na governação do Estado. A dimensão transnacional, mais poderosa que o Estado, traduz uma das principais fontes de financiamento dos partidos políticos de todas as tendências ideológicas e estas instituições internacionais opacas, estão de facto acima das leis e o poder político acima da democracia. Chamo a vossa atenção que actualmente está a ser disseminada a ilusão democrática, ou seja, a margem de acção do Estado é reduzida cada vez mais pelos acordos económicos internacionais e os tratados tais como GATT, OMC, AMI, NTM, NAFTA que têm por único objectivo a transferência do poder dos Estados para as organizações Não-Eleitas, através de um processo chamado mundialização. A estratégia que está a ser utilizada, mantém uma democracia de fachada deslocando o poder real para novos centros, porque se suspendessem a democracia provocaria uma revolução. Hoje, os cidadãos continuam a votar, mas o seu voto é esvaziado de qualquer conteúdo, porque os dirigentes tanto da esquerda liberal como da direita liberal não têm mais poder real, em virtude de se terem vendido ao programa da NOM. Por conseguinte o prato servido pelo Estado é a escravidão desavergonhada e o cidadão escolhe de forma ilusória o molho: esquerda apimentada ou direita agridoce. Infelizmente, existe três categorias de pessoas: as que produzem os acontecimentos sendo uma pequena %; as que velam à sua execução sendo uma % considerável; as que não sabem nunca o que se produziu realmente sendo uma grande %. Mo meu entender, considerando a atitude comportamental no modelo de governação em Portugal, a proposta de refundação que o Governo de PPC quer fazer com o PS, partido político de oposição mas que concordou com o Memorando da Troika e a expressão do PPC ao dizer “deve ser preservado custe o que custar”, baseia-se na implementação da estratégia do Poder Central para melhor sincronizar as acções de realização: 1.Enfraquecimento do Estado e do poder político, a desregulamentação e a privatização dos serviços públicos 2.Fragmentação total dos estados da economia, incluindo sectores da educação, da saúde, da investigação, e a prazo da polícia e do exército, destinados a tornarem-se sectores exploráveis por empresas privadas. 3.Dívida do Estado através, por exemplo, da corrupção, dos trabalhos públicos inúteis, das subvenções dadas às empresas sem contrapartida, cuja finalidade consiste em acelerar as privatizações para que os actores económicos empresariais internacionais possam se apropriar dos sectores promissores e geoestratégicos. 4.Precarização dos empregos e manutenção de um nível de desemprego elevado, mantido graças às deslocalizações e à mundialização do mercado de trabalho. Isto aumenta a pressão económica sobre os assalariados, pois estão prontos para aceitar qualquer salário ou condições de trabalho, tornando-se assim os escravos do século XXI. 5.Redução das ajudas sociais, para aumentar a motivação do desempregado aceitar qualquer trabalho a qualquer salário. 6.Impedir a subida das reivindicações salariais com o apoio do regime corrompido. Lembrem-se que a famosa crise asiática de 1998 foi desencadeada com o objectivo de preservar este ferrolho estratégico. O PS será posto à prova perante esta proposta de refundação, da parte do PSD-CDS. Se o PS, como partido político da oposição aceitar este modelo de refundação, então no meu entender ele deixará de ser um partido de oposição para ser um partido da coligação do governo. Refuto a justificação que "já não é possível fazer nada pois é irreversível" mas aceito a justificação "não queremos alterar o acordo acordado". Não se pode esquecer que os atributos do Poder dos actores económicos empresariais internacionais dotam-se progressivamente dos atributos da potência do Estado: ◾redes de comunicação; ◾satélites; ◾serviços de informações; ◾ficheiros sobre os indivíduos; ◾instituições judiciais (estabelecidos pela OMC e o AMI, acordo graças ao qual um actor económico empresarial internacional poderá levar um Estado a uma justiça internacional especial). ◾poder militar e policiais para integrá-los nas suas próprias forças armadas, porque os exércitos e polícias nacionais não estão autorizados a defender os seus interesses no mundo. Lembrem-se que a prazo, os exércitos serão integrados em empresas privadas, prestadores de serviços que trabalham sob contrato com o Estado, assim como com qualquer cliente privado capaz de pagar os seus serviços. Estes exércitos privados servirão os interesses dos actores económicos empresariais internacionais, por exemplo atacar o Estado que não se dobrará às regras da nova ordem económica. Nos Estados Unidos da América existem exércitos privados, trata-se das sociedades DynCorp, CACI, e MPRI, protótipos de futuros exércitos privados. Por exemplo Dyncorp interveio em numerosas regiões onde os Estados Unidos desejavam intervir militarmente sem assumir a responsabilidade directa (América do Sul, Sudão, Kuwait, Indonésia, Kosovo, Iraque…). Em 2002, Dyncorp foi comprada pela Computer Sciences Corporation, uma das mais importantes empresas americanas em serviços informáticos. Em termos de satélites, existem actores económicos empresariais internacionais na criação de redes de satélites de comunicação similares aos do projecto Teledesic (288 satellites) da Microsoft e que este o renunciou. Actualmente já existem satélites de observação privados e dois actores económicos empresariais internacionais comercializam imagens de elevada resolução de qualquer lugar do planeta susceptível de interessar os compradores. Em termos de ficheiros privados já existem numerosos actores económicos empresariais internacionais, especializados na recolha de informações sobre perfis individuais muito precisos de consumidores repartidos no conjunto dos países ocidentais, e que podem ser vendidos. Quero igualmente chamar a atenção que o desaparecimento da natureza é um dos objectivos deste novo poder económico pelas 3 razões: 1- O desaparecimento da natureza e o aumento da poluição vão tornar os indivíduos ainda mais dependentes do sistema económico para a sua sobrevivência, para permitir gerar novos lucros, nomeadamente um consumo acrescido de medicamentos e de prestações médicas no sector privado. 2- A urbanização do ambiente permite colocar as populações num espaço totalmente controlado, supervisionado, e onde o indivíduo é imerso, totalmente numa projecção da ordem. 3- A contemplação da natureza incita ao sonho e intensifica a vida interna dos indivíduos, desenvolvendo a sua sensibilidade, a sua espiritualidade e por conseguinte o seu livre-árbitro. Ora, cessam portanto ser fascinados pelas mercadorias, desviam-se dos programas emitidos por televisão destinados o abrutar e a controlar o seu espírito. Aqui reside o perigo da perda da racionalidade e da espiritualidade no cidadão. Por exemplo, uma forma que é utilizada para neutralizar a racionalidade é de disseminar discursos e acções caricaturais para que não possam ser tomados seriamente. Há que reflectir nas medidas implementadas anteriormente e analisar o impacto das mesmas na sociedade e na economia para melhor entender esta minha chamada de atenção. Considerando que estamos confrontados a uma implementação de uma arquitectura do Poder Central, a questão que coloco é se o modelo de governação do Poder Central será criado por conquista ou por consentimento. Qual é o vosso ponto de vista?
Posted on: Mon, 24 Jun 2013 21:21:58 +0000

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