O SER ATLETICANO Ah, o que é ser atleticano? É uma doença? - TopicsExpress



          

O SER ATLETICANO Ah, o que é ser atleticano? É uma doença? Doidivana paixão? Bênção dos céus? É a sorte grande? O primeiro e único mandamento do atleticano é ser fiel e amar o Galo. Daí, que a bandeira atleticana cheira a tudo neste mundo. Cheira a mulher amada. Cheira a lágrimas. Cheira a grito de gol. Cheira a dor. Cheira a festa e a alegria. Cheira até mesmo perfume francês. Só não cheira a naftalina, pois nunca conhece o fundo do baú, tremula ao vento. A gente muda de tudo na vida. Muda de cidade. Muda de roupa. Muda de partido político. Muda de costumes. Até de amor a gente muda. A gente só não muda de time, quando tem as iniciais CAM, do Clube Atlético Mineiro, gravadas no coração. É um amor cego e tem a cegueira da paixão. Já vi o atleticano agir diante do clube amado com o desespero e a fúria dos apaixonados. Já vi atleticano rasgar a carteira de sócio do clube e jurar: - Nunca mais torço pelo Galo! Já vi atleticano falar assim, mas, logo em seguida, eu o vi catar os pedaços da carteira rasgada e colar, como os amantes fazer com o retrato da amada. Que mistério tem o Atlético que, às vezes, parece que ele é gente? Que a gente associa às pessoas da família (pai, mãe, irmão, tio, prima)? Que a gente o confunde com a alegria que vem da mulher amada? Que mistério tem o Atlético que a gente confunde com uma religião? Que a gente sente vontade de rezar “Ave Atlético, cheio de graça?” Que mistério tem o Atlético que, à simples presença de sua camisa branca e preta, um milagre se opera? Que tudo se transfigura num mar branco e preto? Ser atleticano é um querer bem. É uma ideologia. Não me perguntem se eu sou de esquerda ou de direita. Acima de tudo, sou atleticano e, nesse amor, pertenço ao maior partido político que existe: o Partido do Clube Atlético Mineiro, o PCAM, onde cabem homens, mulheres, jovens, crianças.Diante do Atlético todos são iguais: o bancário pode tanto quanto o banqueiro, o operário vale tanto quanto o industrial. Toda manhã, quando acordo, eu oro: obrigado, Senhor, por me ter dado a sorte de torcer pelo Atlético. * Crônica de Roberto Drummond
Posted on: Fri, 26 Jul 2013 17:22:13 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015