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O falante mexicano Alfonso Toledano faz parte da história do automobilismo mundial. Não exatamente por vitórias espetaculares ou títulos conquistados. Mas Toledano, hoje com 53 anos, foi o primeiro companheiro de equipe de Ayrton Senna na Europa. Em 1981, primeiro ano do brasileiro no velho continente, eles formaram dupla na escuderia Van Diemen no Campeonato Inglês de Fórmula Ford 1600. Já com um ano de experiência, Toledano viu Ayrton se adaptar com cautela no começo, com um quinto e um terceiro lugares nas primeiras corridas. Mas depois ele não seguraria o talento daquele futuro tricampeão da F-1, que acabaria levando o título com doze vitórias. Em conversa exclusiva com o programa "Linha de Chegada", Alfonso Toledano recordou os primeiros passos de um dos maiores gênios do esporte a motor, naquela altura um franzino brasileiro que mal falava inglês. - Logo que começaram os primeiros treinos ele demonstrou aprender os circuitos de uma maneira impressionante. Eu era o piloto número 1 da equipe número 1. Teria que ir bem em todas as corridas, ser o pole position, ser o mais rápido. Mas de repente vi como este brasileiro estava pegando, estava pegando, estava pegando as coisas nos treinos – explicou o ex-piloto. Teimosia e brilho logo de cara A primeira vitória, no dia 15 de março de 1981, em Brands Hatch, seria marcante não só para Ayrton, mas para os adversários. Mas aquele fim de semana chuvoso começou cinzento não só na Inglaterra, mas também nos boxes da Van Diemen: - O Ayrton me pediu para explicar aos mecânicos que queria uma pressão maior nos pneus, mas eles não queriam fazer sem a autorização do chefe, Ralph Firman. E realmente ele não queria, mas Ayrton insistiu, os dois discutiram. No fim, fizeram o que Ayrton queria. E acabou, de fato sendo uma aula de pilotagem do novato em Brands Hatch. De um garoto que futuramente na F-1 provaria ao mundo toda sua genialidade sob chuva. Segundo Toledano, naquele dia, Senna mudou a forma de os adversários encararem as pistas molhadas. - Todos tínhamos a técnica de atravessar o carro como num rali, como Gilles Villeneuve, Ronnie Peterson. De repente me toquei que havia um piloto que tirava meio segundo de mim, e me indicaram que era o Ayrton da Silva - nessa época não era Ayrton Senna, era Ayrton da Silva - e deixei ele passar. Na primeira curva, a "Paddock", pensei que ele tinha saído da trajetória, mas não, ele colocava o carro do lado de fora e eu não entendia. Até que terminamos o treino e lhe perguntei por que ele estava arriscando, por que estava indo por fora se todos estavam indo por dentro. Ele me deu a explicação que por fora o asfalto estava verde, não tinha óleo, que estava mais limpo. E nesse dia eu percebi que o automobilismo tinha mudado. Todo mundo deixou de guiar atravessado para ir pela linha que Ayrton estava - recorda.
Posted on: Sun, 25 Aug 2013 14:21:06 +0000

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