O filme "O Tempo e o Vento", dirigido por Jayme Monjardim, além de belíssima fotografia, excelente escolha dos atores e figurantes, competente equipe de produção, possui uma peculiaridade que não havia percebido nos demais filmes brasileiros: a gramática cinematográfica. Enquadramentos e movimentos de câmera que foram tão importantes quanto a história, os atores, o som, a luz e cenários. Falo isso, porque senti um choque já no início. Não sou crítico de cinema, apenas senti um impacto gostoso e confortante desde as primeiras cenas. Tradicionalmente vemos enquadramentos de televisão projetados em 35mm. Nesse filme não. Foi pensado e concebido como filme. Claro, não pude deixar de perceber algumas pequenas falhas como por exemplo, a falta de chamuscados nas madeiras de parte da casa de Ana Terra (Cléo Pires) consumida pelo fogo depois dos castelhanos a terem incendiado (uma lata de tinta spray preto fosco teria solucionado). O Capitão Rodrigo (Tiago Lacerda) ter levado um tiro no lado esquerdo do tórax (do ponto de vista do espectador) e ao comentar o fato com o irmão de Bibiana, apalpar o lado contrário. Usaram o mesmo "banhado" por onde se passaram vários trechos da história, narrados como locais diferentes, que apresentava as mesmas características físicas e topográficas, com leves variações de ângulos. Isso não me tirou o encantamento pelo magnífico trabalho. Digo apenas uma coisa: ESTOU LOUCO PARA ASSISTIR NOVAMENTE!!!! (só que com o dobro de pipoca)
Posted on: Sun, 06 Oct 2013 11:24:42 +0000
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