O futebol é uma arena de intensas disputas, dentro e fora da cancha, entre as quatro linhas, em arquibancadas, butecos, salas e barbearias. Massas de torcedores/as celebram triunfos e choram derrotas, na luta que também é de classes. Radialistas já narraram conflitos entre fascistas e comunistas, em clássicos como Lazio x Livorno e Real Madrid x Barcelona, o peronismo enraizados em diversas barras bravas argentinas, o combate ao racismo e sua afirmação, no Vasco dos camisas negras e no Zenit da Rússia que até hoje veta jogadores com traços africanos. O Corinthians tem uma história respeitável: na luta contra a ditadura pelas diretas já (reza a lenda que a Gaviões da Fiel estendia faixas pela anistia dos presos políticos, no regime militar) e, recentemente, com o combate à homofobia com a fundação da Corinthians Livre (a exemplo de outras como a Galo Queer, a Bambi Tricolor, a Cruzeiro Maria, a QUEERlorado). E o Emerson Sheik escancara mais uma dessas batalhas, difícil de ser travada nesse espaço: - preconceito babaca, sabiamente rebate. E em que time eu jogo? No mesmo do atacante, pela desnaturalização de qualquer opressão, contra o machismo, a homofobia, o racismo, o poder econômico e qualquer outro brucutu que impeça que a bola role livremente.
Posted on: Tue, 20 Aug 2013 04:08:50 +0000
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