O futuro das manifestações nas ruas Gilberto Sant´Anna Não - TopicsExpress



          

O futuro das manifestações nas ruas Gilberto Sant´Anna Não me canso de denunciar os motivos da crise que assola o planeta. Transformaram tudo em mera questão econômica provocando uma desgraça social generalizada e egoísta. O pesadelo começou por volta de 1980. Surgiram na mídia, pela primeira vez, as palavras neoliberalismo, individualismo, globalização, pós-modernidade, fim da história, volatilidade, fracionamento do tempo e do espaço, consumismo, países quebrados, empréstimos públicos astronômicos, superávit primário e muito mais. Se alguém me perguntasse o que significa tudo isso diria que a então primeira-ministra da Inglaterra Margareth Thatcher e o ex-presidente americano Ronald Reagan decretaram o fim da sociedade humana. Em substituição entraram em campo os interesses dos indivíduos , amparados pelo Estado Democrático de Direito. As leis são leoninas e beneficiam apenas cidadãos privilegiados, felizes proprietários de noventa e nove por cento da riqueza que todos produzem. A justa distribuição da renda que se dane. Ninguém ignora que a conseqüência imediata desse desequilíbrio é a degradação das instituições públicas no âmbito do executivo, legislativo e judiciário. Chegamos ao ponto de saturação. Diariamente pipocam denúncias cabeludas envolvendo o erário. A impunidade ri dos cidadãos Até a FIFA deitou e rolou no Estado brasileiro impondo uma legislação alienígena, regras próprias e outras impertinências. O conserto da nação tornou-se urgente. Há partidos e candidatos que venceram as eleições em razão das promessas de palanque. Juraram o fim da pouca vergonha nacional. Na hora H, entretanto, deu chabu em nome de uma governabilidade assentada em bases lideradas por políticos suspeitos. Olha a corrupção aí mandando de novo gente! Se é dando que se recebe, quanto mais o governante se abaixa, mais chafurda-se. Alguns setores da sociedade reagem contra os desmandos, porém com variadas intenções, nem sempre louváveis. A revolução de 1932 é uma exemplo clássico. Apontou-se os canhões contra o presidente Getúlio Vargas. Os paulistas não conseguiram apoio de nenhum outro Estado da Federação. Amargaram uma derrota acachapante. Por que? A vitória do movimento pressupunha o retorno à República Velha dominada pelos “coronéis” que prendiam,matavam e faziam chover em consonância com próprios interesses. Arbitrariedades que ninguém mais agüentava. Deu no que deu. As atuais manifestações não têm cor, nem partido, nem ideologia. Será? Melhor dizendo, as marchas viárias estão recheadas de objetivos e idéias políticas diversas. Da ponta direita à extrema esquerda. Democratas sinceros, militantes partidários, conspiradores e vândalos profissionais. Todos de braço dado. Nem poderia ser diferente. O fato, entretanto, não diminui a importância dos acontecimentos. O povo protestando nas ruas é sempre lindo de se ver. Observa-se que o partido da presidente ou presidenta Dilma perdeu o bonde da história. Nascido no berço das greves operárias organizadas contra a ditadura civil-militar de 1964, hoje encontra-se a reboque das lideranças populares. Nem por isso o eco das reivindicações ouvidas nas praças se faz explicitamente contra a mais alta mandatária do país. O endereço das críticas e indignações ainda é difuso. São muitos os réus com culpa no cartório. O PSDB também perdeu o foco social democrata. Arguo neste passo uma questão intrigante que não quer calar. Dentre os que participam das manifestações nas ruas e desejam a derrota petista em 2014, qual seria a proposta desse novo governo ? Imagino que quase todos possuam bons propósitos. Almejam tão somente mudanças essenciais, isto é, o fim da roubalheira explícita e da desfaçatez alojadas na República. Passam longe as questões do socialismo e do capitalismo. Querem apenas construir um novo país com igual oportunidades para todos.Saúde, educação, habitação, transportes acessíveis e de boa qualidade. Infelizmente alguns não pensam assim. Assustam-me os adeptos da pós-modernidade, cujo modelo levou muitos países da Europa e da América a uma crise sem precedentes. Tudo voltado para os interesses gordos em detrimento de noventa e nove por cento da população mundial que detém apenas um por cento das riquezas produzidas. Apóiam as manifestações de rua com o objetivo de atingir os adversários mais consistentes. Depois, no poder, tomam atitudes estarrecedores. São muito piores. Autoritários. Inflexíveis. Adeptos dos desmandos. Governam com cipó de aroeira no lombo dos pobres. Depois só resta chorar a democracia derramada. É o pesadelo que ronda a humanidade, dito logo nas primeiras linhas deste texto. Os caras-de-pau da política avançam e recuam segundo sopram os ventos da resistência popular. É preciso nominá-los e isolar o vírus. Se desejamos um futuro melhor unamo-nos para vencê-los. Os fascistóides, homofóbicos, fanáticos e cartolas que habitam s subterrâneos do país não são imbatíveis. Constituinte já. O futuro das manifestações nas ruas Gilberto Sant´Anna Não me canso de denunciar os motivos da crise que assola o planeta. Transformaram tudo em mera questão econômica provocando uma desgraça social generalizada e egoísta. O pesadelo começou por volta de 1980. Surgiram na mídia, pela primeira vez, as palavras neoliberalismo, individualismo, globalização, pós-modernidade, fim da história, volatilidade, fracionamento do tempo e do espaço, consumismo, países quebrados, empréstimos públicos astronômicos, superávit primário e muito mais. Se alguém me perguntasse o que significa tudo isso diria que a então primeira-ministra da Inglaterra Margareth Thatcher e o ex-presidente americano Ronald Reagan decretaram o fim da sociedade humana. Em substituição entraram em campo os interesses dos indivíduos , amparados pelo Estado Democrático de Direito. As leis são leoninas e beneficiam apenas cidadãos privilegiados, felizes proprietários de noventa e nove por cento da riqueza que todos produzem. A justa distribuição da renda que se dane. Ninguém ignora que a conseqüência imediata desse desequilíbrio é a degradação das instituições públicas no âmbito do executivo, legislativo e judiciário. Chegamos ao ponto de saturação. Diariamente pipocam denúncias cabeludas envolvendo o erário. A impunidade ri dos cidadãos Até a FIFA deitou e rolou no Estado brasileiro impondo uma legislação alienígena, regras próprias e outras impertinências. O conserto da nação tornou-se urgente. Há partidos e candidatos que venceram as eleições em razão das promessas de palanque. Juraram o fim da pouca vergonha nacional. Na hora H, entretanto, deu chabu em nome de uma governabilidade assentada em bases lideradas por políticos suspeitos. Olha a corrupção aí mandando de novo gente! Se é dando que se recebe, quanto mais o governante se abaixa, mais chafurda-se. Alguns setores da sociedade reagem contra os desmandos, porém com variadas intenções, nem sempre louváveis. A revolução de 1932 é uma exemplo clássico. Apontou-se os canhões contra o presidente Getúlio Vargas. Os paulistas não conseguiram apoio de nenhum outro Estado da Federação. Amargaram uma derrota acachapante. Por que? A vitória do movimento pressupunha o retorno à República Velha dominada pelos “coronéis” que prendiam,matavam e faziam chover em consonância com próprios interesses. Arbitrariedades que ninguém mais agüentava. Deu no que deu. As atuais manifestações não têm cor, nem partido, nem ideologia. Será? Melhor dizendo, as marchas viárias estão recheadas de objetivos e idéias políticas diversas. Da ponta direita à extrema esquerda. Democratas sinceros, militantes partidários, conspiradores e vândalos profissionais. Todos de braço dado. Nem poderia ser diferente. O fato, entretanto, não diminui a importância dos acontecimentos. O povo protestando nas ruas é sempre lindo de se ver. Observa-se que o partido da presidente ou presidenta Dilma perdeu o bonde da história. Nascido no berço das greves operárias organizadas contra a ditadura civil-militar de 1964, hoje encontra-se a reboque das lideranças populares. Nem por isso o eco das reivindicações ouvidas nas praças se faz explicitamente contra a mais alta mandatária do país. O endereço das críticas e indignações ainda é difuso. São muitos os réus com culpa no cartório. O PSDB também perdeu o foco social democrata. Arguo neste passo uma questão intrigante que não quer calar. Dentre os que participam das manifestações nas ruas e desejam a derrota petista em 2014, qual seria a proposta desse novo governo ? Imagino que quase todos possuam bons propósitos. Almejam tão somente mudanças essenciais, isto é, o fim da roubalheira explícita e da desfaçatez alojadas na República. Passam longe as questões do socialismo e do capitalismo. Querem apenas construir um novo país com igual oportunidades para todos.Saúde, educação, habitação, transportes acessíveis e de boa qualidade. Infelizmente alguns não pensam assim. Assustam-me os adeptos da pós-modernidade, cujo modelo levou muitos países da Europa e da América a uma crise sem precedentes. Tudo voltado para os interesses gordos em detrimento de noventa e nove por cento da população mundial que detém apenas um por cento das riquezas produzidas. Apóiam as manifestações de rua com o objetivo de atingir os adversários mais consistentes. Depois, no poder, tomam atitudes estarrecedores. São muito piores. Autoritários. Inflexíveis. Adeptos dos desmandos. Governam com cipó de aroeira no lombo dos pobres. Depois só resta chorar a democracia derramada. É o pesadelo que ronda a humanidade, dito logo nas primeiras linhas deste texto. Os caras-de-pau da política avançam e recuam segundo sopram os ventos da resistência popular. É preciso nominá-los e isolar o vírus. Se desejamos um futuro melhor unamo-nos para vencê-los. Os fascistóides, homofóbicos, fanáticos e cartolas que habitam s subterrâneos do país não são imbatíveis. Constituinte já.
Posted on: Sat, 22 Jun 2013 18:56:33 +0000

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