O homem de aço está de volta, ele não é um herói, é - TopicsExpress



          

O homem de aço está de volta, ele não é um herói, é imperfeito e definitivamente ainda não o líder que a liga da justiça precisa, mas ele voltou. Fui ao cinema logo na estreia e sinceramente, não gostei do que vi. Achei o filme quase herético, longe de ser o Superman que conhecemos, ou achamos que conhecemos. Eu fui cheio de paradigmas e uma alta expectativa sobre o que eu veria naquela tela, e eu fui simplesmente massacrado. Não era nada do que eu estava esperando, na realidade era o inverso do que eu esperava. Por mais que muitas coisas fossem realmente interessantes, eu me deixei levar pelo pouco que não foi e criei um preconceito em cima do restante do filme que custou caro à minha percepção sobre o filme, muito caro. Ok, o filme não é perfeito, nem mesmo depois da segunda vez que assisti, mas admito que é de longe muito melhor do que foi da primeira vez. Por isso, se você assistiu e não gostou, aconselho veemente que leia minha resenha e assista novamente, dessa vez sem preconceitos. Primeiro, temos o começo de tudo, Krypton em sua forma mais completa já vista. A história contada ali supera e muito as outras já contadas anteriormente, e diga-se de passagem, Russell Crowe é o complemento que faltava em Marlon Brando como Jor-El. Há algumas suposições sobre como a história poderia ser ainda melhor, mas eu realmente me satisfiz com a do filme. Até então, nem mesmo da primeira vez que assisti eu tinha nada pra reclamar até aqui. Clark no estaleiro salvando aquelas pessoas em busca da sua real origem foi bem interessante, ainda que inconsequente pra alguém que deveria guardar seus segredos como Jonathan Kent havia ensinado. É legal ver esses flashbacks sobre a infância e adolescência do nosso aspirante a salvador do mundo durante a história sendo contada, já que seria maçante demais ver tudo de novo em modo linear. E nesse meio há coisas interessantes sobre a vida de Clark Kent, como ele salvando os colegas no ônibus escolar, nosso querido Kevin “guarda-costas” Costner agindo como o pai mais preocupado do mundo dizendo que Clark deveria tê-los deixado morrer no acidente. Clark Aguentando firme sem brigar ao sofrer bullying, ainda que o que mais sofresse depois fossem os patrimônios públicos e privados dos EUA. :) Mas ai a coisa começa a ficar meio esquisita pra mim. Temos a Lois Lane mais legal de todos os filmes do Super já feitos (se bem que qualquer Lois no universo consegue ser melhor que Kate Bosworth atuando em Superman Returns). Amy Adams se saiu muito bem ao me convencer que a quero nos outros dois filmes da franquia. Mas vamos lá, Lois é uma excelente repórter, mas a forma como ela descobre a nave pela qual Clark está procurando sabe-se lá há quanto tempo é bizarra, é forças a barra a níveis estratosféricos, mas até ai eu vou desculpando, afinal o filme tinha que correr. Ai acontece o que eu não queria, Lois sofre uma hemorragia interna dentro da nave e o nosso inexperiente herói e ele acaba se mostrando pra ela abertamente, e ainda mais dizendo que faz coisas que outras pessoas não fazem (eita que Jonathan Kent a esta hora deveria estar se remexendo todo no caixão, que Deus o tenha). “Clarkman” leva a nave embora, sai do rastro no pentágono e aproveita pra deixar Lois no meio do nada na esperança de ser encontrada antes de congelar, e de quebra ativa um sensor que manda um recadinho pro nosso General Zod lá no espaço. Depois de alguns dias na nave nosso herói sai pronto [e barbeado] pra aprender mais sobre seus poderes e ser quem ele nasceu pra ser, Superman! Enquanto isso, Lois descobre quem era aquele homem misterioso da nave usando a famosa técnica “quem tem boca vai à Roma”, o que eu acho totalmente compreensível tendo em vista o ser de outro planeta descuidado que temos até aqui. Mas não foi só Lois que descobriu sobre ele. De forma espetacular, nosso General Zod tem uma entrada triunfal e digna de vilões a serem levados a sério, “like a boss” daqueles, sinistro. Exige a rendição de Kal-El em até 24 horas e tal. Clark resolve se entregar dando um passo de fé e confiança na humanidade, e é ai que o filme realmente começa. Eu quero deixar bem claro aqui que eu odiei a forma como Jonathan Kent morreu, por mais que eu tenha entendido a mensagem que Zack Snyder queria passar apenas na segunda vez que assisti. E ai meu amigo a pancadaria começa, Zod mostra a que veio e o nosso herói não aceita. E então tem destroços pra todo lado, Faora sendo magnífica, Zod sendo Zod e o mundo sendo destruído, tudo nos conformes. Eu não tenho nada a reclamar sobre as cenas de luta, achei simplesmente dignas do filme do Superman, esperava por isso há tempos e finalmente aconteceu, Richard Donner certamente ficou com inveja de não ter podido implementar essa ação destrutiva em seus filmes. Como eu disse antes, não podemos enxergar o Superman herói e líder nesse filme, não deveríamos querer isso, e esse foi o meu erro ao assistir da primeira vez. Ele é simplesmente um alienígena com poderes extraordinários tendo sua primeira briga desde sempre com outro alienígena que nasceu pra ser general casca grossa e seus ajudantes superpoderosos. Isso só poderia culminar em uma coisa, Metrópolis totalmente destruída, o que é até bom, pois temos um gancho sensacional pro segundo filme: Superman realmente nos protege acabando com nossa cidade assim? E quem vai ser o principal defensor e financiador da recuperação pós apocalíptica de Metrópolis? Mister Luthor... Temos um herói em construção, alguém que não tem noção do poder e responsabilidade que tem nas mãos e muito menos qual o seu limite. Poxa, pense você por um segundo: Tá tudo bem e de repente do nada todos os meios de comunicação são hackeados por um extraterrestre e logo depois o mundo está se destruindo, isso tudo em 24 horas! Não deu tempo pra ninguém respirar ali, foi tudo muito rápido e isso precisa de uma continuação urgente. Agora vem o que eu não gostei nem da primeira vez que assisti, muito menos da segunda e vou gostar ainda menos nas próximas vezes: Pra que aquele Clark Kent repórter “enganando” todo mundo com apenas um óculos? Poxa, eu já tinha me conformado em não ter o Clark Kent tradicional na história e sinceramente, viveria feliz com isso e tudo mais, mas ai já é demais né não?! E o que podemos falar do nosso casal romântico? Eu tenho duas versões aqui. Da primeira vez que assisti achei que Edward Cullen e Bella Swan, nosso casal Crepúsculo, tinham mais motivos para ter química do que Lois e Clark, e não gostei do casal, não vi química neles, muito menos amor, no máximo uma paixãozinha. Mas da segunda vez eu me toquei de uma coisa: Poxa, ela o vê como um homem único no universo, cheio de poderes e galanteador (qual mulher não ficaria derretida?) e ele por outro lado a vê como a única pessoa pra quem ele pôde contar e compartilhar seu segredo e ser apenas ele mesmo, já que ela desistiu de continuar com a história sobre ele por entender por que ele passou tanto tempo se escondendo. É inicialmente, uma relação de confiança que teve um beijo como cereja no bolo. Concordo que esse relacionamento deve ser muito melhor trabalhado nos próximos filmes, mas com certeza tá muito melhor do que o de Christopher Reeves e Margareth Tatcher enquanto casal cinematográfico. Bem, é isso que tenho pra contar sobre o filme. Eu não gostei do fato de ter que assistir duas vezes pra poder ter essa percepção, mas no fim acabei de convencendo de que o homem de aço está de volta. Espero convencê-lo do mesmo caso você não tenha gostado do filme de primeira.
Posted on: Fri, 19 Jul 2013 20:34:45 +0000

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