O papel do cidadão no funcionamento da política local Já alguma - TopicsExpress



          

O papel do cidadão no funcionamento da política local Já alguma vez foi a uma sessão da Assembleia Municipal da sua cidade? Com que frequência o faz? Sabe onde e quando se realizam essas sessões? Um leque de perguntas que, feitas ao cidadão comum, teriam com certeza como resposta um não. É na Assembleia Municipal que se realiza a discussão pública, aberta a todos os cidadãos, dos assuntos de interesse do município. É neste espaço que o cidadão tem oportunidade de se informar do que se passa na sua cidade e de emitir a sua opinião publicamente. Atualmente e devido à minha função de membro do conselho Municipal de educação de Leiria começo a ligar um pouco mais á politica, mas para a primeira sessão fiquei com a impressão que quem quer mandar são os que têm mais poder, dentro do mesmo conselho, o que na prática não deve de existir, dado ser um órgão de representação de toda a sociedade ligada a escola, desde o diretor de um agrupamento ao representante de Associações de pais, que é o meu caso. Neste órgão temos todos de estar em pé de igualdade, existirá sempre divergências, já que um representante dos pais não vai levar ao conselho o mesmo tema de um diretor do Agrupamento, mas a política faz-se mesmo assim, temos que saber ouvir, falar e debater. Por motivos vários, poucos são os que se predispõe a assistir e acompanhar estas sessões de informação, e por isso se ouve tanto disparate por essas ruas fora. As datas das Assembleias também não são divulgadas publicamente, os assuntos a debater também não, dai um desinteresse sobre estes organismos locais. O que mais há por aí são políticos de rua, mal informados, orientados para o pessimismo e tendencialmente destrutivos e muitas vezes, senão sempre, a dizer as maiores barbaridades em forma de histórias por eles imaginadas, sem qualquer fundamento. E assim se vão espalhando os boatos e se instala a intriga - os políticos de rua esquecem-se sempre que antes de criticar, devemo-nos informar. Para combater esta postura é necessário aproximar os cidadãos do poder local, levá-los a sessões de discussão pública, informá-los, trabalhar a imagem da política e a sua importância para o bom funcionamento de um estado democrático. Neste sentido tem sido desenvolvida legislação, que começou a ser aplicada recentemente, e que vem regular e trabalhar o contacto do cidadão com os serviços públicos. Por exemplo os gabinetes do utente, já nossos conhecidos e utilizados por muitos de nós, facilitam cada vez mais a comunicação de queixas, o esclarecimento de dúvidas e uma série de serviços que antes estavam dependentes de uma série de burocracias e de horas de espera. Outra forma de aproximação do poder político ao cidadão é a Internet, tão utilizada nos dias de hoje. Todas as Câmaras Municipais e algumas Juntas de Freguesia da nossa região dispõem de um site na Internet onde é possível encontrar muita informação acerca do nosso município/freguesia. Através desta ferramenta podemos também enviar sugestões, reclamar, obter formulários, facilitando assim a comunicação, a recolha de opiniões e a rapidez de resposta de alguns serviços. Não nos devemos queixar na rua, no café, no local de trabalho de situações que só serão resolvidas se, por nossa iniciativa, forem comunicadas no local apropriado. A falta de iniciativa e o conformismo da população em geral revela cada vez mais efeitos negativos que se espelham na forma de estar das pessoas. Os jovens de hoje não podem continuar a crescer com a sensação de que tudo está mal, nada se resolve e que a culpa é sempre do governo. O empenho dos estabelecimentos de ensino no seu papel de formadores de cidadãos é fundamental, há que transmitir direitos e deveres, informar os estudantes do seu papel na sociedade. A representação dos pais através das Associações e das federações Distritais que têm um papel fundamental na defesa da educação, ao que os pais não ligam nenhuma, muitas das vezes nem sabe o suporte que temos atrás de nós com reuniões de Camara, Juntas de Freguesia. Esta tarefa é muitas vezes esquecida e levada para um plano secundário, apenas se procura educar futuros trabalhadores, técnicos qualificados, profissionais competentes, e não se investe na formação cívica. A aproximação não pode ser levada a cabo apenas com o esforço do poder político, que como vimos oferece cada vez mais formas de interagir com os cidadãos.Com o contributo de cada um de nós, ao tomarmos a iniciativa de sugerir, reclamar, emitir a nossa opinião através das facilidades que nos são oferecidas, com certeza que a aproximação será mais rápida e frutífera.
Posted on: Thu, 20 Jun 2013 23:43:00 +0000

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