O paradoxo que vem das ruas Há um nítido divorcio entre a greve - TopicsExpress



          

O paradoxo que vem das ruas Há um nítido divorcio entre a greve geral organizada por todas as centrais sindicais, sindicatos e demais entidades classistas, ocorrida em 11 de julho e, as manifestações deflagradas a partir do Movimento Passe Livre (MPL). Quem teve a oportunidade de acompanhar pela mídia aquele movimento, percebeu que em termos numéricos, foi visível o descompasso. Enquanto no auge das manifestações de junho, houve capitais em que a população na rua chegou a centenas de milhões, na greve geral de 11 de julho, salve informações mais precisas, a maior arregimentação que se deu na cidade de São Paulo, os números não passaram de sete mil. Muito embora possa ser alegada algumas questões para explicar a pouca adesão ao chamado das centrais sindicais, ainda assim, algo que necessite de uma explicação mais razoável é necessário. Para alguns analistas, a pouca participação da classe trabalhadora dentre outras, poderia estar nas reinvindicações específicas do movimento cujas bandeiras de luta estavam mais concentradas nas demandas trabalhistas. Outros fatores dizem respeito ao horário pouco conveniente, já que à tardinha (horário que se deu as manifestações de junho) é mais propício à congregação das pessoas que estão saindo do trabalho; a pouca filiação dos trabalhadores em geral, aos sindicatos que os representam; fadiga natural daqueles que participaram ativamente dos últimos acontecimentos e a ausência natural dos jovens, já que estes não estão filiados a nenhuma central sindical. Justificativas à parte, tal como as instituições políticas, a verdade é que as representações sindicais, passam por um momento de intenso refluxo, por praticar um modelo de sindicalismo ultrapassado, que já não mais responde aos desafios impostos pela globalização e pelas novas formas de vínculos trabalhistas, condicionadas pela reestruturação produtiva que se dá em escala planetária. O momento é bem oportuno para se reinventar novos caminhos e novas formas de luta. Hora de se repensar o papel do sindicato que esteja em sintonia com os processos de transformações que se dão de uma forma vertiginosa na sociedade globalizada. Situação propícia para melhor utilização dos processos tecnológicos que estão em curso, principalmente aproveitando a força e a intensidade das redes sociais. A persistir o modelo vigente de sindicalismo, restará a uma pequena vanguarda, dissociada das demandas que realmente interessa à grande massa da classe trabalhadora, fazer a apologia das mudanças, num discurso voltado para si mesma... Ótimo domingo para todo mundo
Posted on: Sun, 14 Jul 2013 12:36:32 +0000

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