O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta - TopicsExpress



          

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta terça-feira (3) a líderes dos partidos democrata e republicano que promovam um voto "rápido" no Congresso que permita a ação militar “limitada” de seu país contra a Síria. "Quero enfatizar uma vez mais que o que estamos planejando é algo limitado, proporcional, que afetará a capacidade do regime de Assad (o presidente sírio, Bashar al Assad)", disse, durante reunião na Casa Branca. O Congresso está em recesso, e retorna ao trabalho na próxima semana, com expectativa do presidente de que aprove a autorização para o ataque "tão logo" seja possível. "Acho que é apropriado que atuemos sem precipitação, mas também acho que todo mundo reconheça a urgência e que vamos ter que nos movimentar com relativa rapidez", sustentou Obama, repetindo o antecessor, George W. Bush, ao afirmar que o suposto uso de armas químicas pelo governo de Al Assad "coloca uma ameaça grave à segurança dos Estados Unidos e da região". Em 2003, no Iraque, a acusação que levou à guerra contra o governo de Saddam Hussein era o uso de armas químicas, mais tarde desmentido por uma série de evidências. Perante a dúvida de parte da população, Obama insistiu hoje que seu plano "não é Iraque" e "não é Afeganistão", os dois atoleiros nos quais o país se enfiou na primeira década deste século. Ele também afirmou que seu governo tem "uma estratégia mais ampla" para "melhorar a capacidade da oposição" na Síria e continuar com a "pressão diplomática" com o objetivo de devolver a paz e a estabilidade no país. Na tentativa de destravar as negociações com o Congresso, o presidente indicou a possibilidade de mudanças no texto de forma a tornar mais claras quais as prerrogativas do chefe de Estado no caso de um ataque à Síria. Ao sair da reunião, o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano John Boehner, disse que "apoia" o pedido para lançar um ataque militar contra a Síria. "Isto é algo que os Estados Unidos, como país, necessitam fazer", disse, ao sair de uma reunião com Obama e líderes democratas e republicanos do Congresso na Casa Branca. "Nossos aliados têm que saber que os Estados Unidos estão com eles quando é necessário.” A líder da minoria democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, elogiou a apresentação que Obama fez no encontro privado com os congressistas e assegurou que existem provas claras de que o regime sírio perpetrou o ataque com armas químicas contra a população civil. O conflito civil na Síria, que já dura mais de dois anos, matou cerca 100 mil pessoas e não foi Obama quem "traçou a linha vermelha", afirmou Nancy. "Foi a humanidade que fez isso há algumas décadas, cerca de 170 países que apoiam a convenção contra as armas químicas. Desta forma, de um ponto de vista humanitário, não é algo que possa se ignorar. Devemos enviar uma clara mensagem a quem têm armas de destruição em massa de qualquer tipo que devem se esquecer de usá-las", acrescentou a deputada. Nancy Pelosi disse que na hora de debater e votar a resolução no Congresso sobre o uso da força os legisladores têm de decidir se querem ou não ignorar o fato de que "ocorreu este desastre humanitário".
Posted on: Thu, 05 Sep 2013 04:29:56 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015