O professor Antônio Gouveia Mendonça, em seu livro “O Celeste Porvir” analisou o antigo cancioneiro evangélico conhecido como “Salmos e Hinos”. Ele dedicou algumas linhas ao que ele chamava de protestantismo peregrino. Gouveia destacou o “The King’s Business” – A Mensagem Real (Nº 288 no nosso Hinário Novo Cântico). O hino diz: “Sou forasteiro aqui, em terra estranha estou, Celeste Pátria, sim, é para onde vou. Embaixador por Deus, do Reino lá dos céus, Venho em serviço do meu Rei!” Gouveia percebeu um forte senso de expectação na hinódia evangélica. Para ele o protestante possui uma “a expectação o leva a cantar” e “as glórias, e os prazeres de sua futura e verdadeira pátria, leva-o, em contrapartida a recusar os valores do presente. O mundo presente é um tempo de peregrinação. Ele não tem morada (...) não tem repouso (...) e está rodeado de inimigos. (...) Sente-se estrangeiro na terra, de modo que o seu viver é um penoso caminhar para a pátria celestial”. A hinódia evangélica ainda está presente nas igrejas históricas, mas num contexto amplo da igreja evangélica predomina uma “palavra profética” de prosperidade terrena. O elemento futuro das promessas de Deus na música evangélica, foi reduzido ao seguinte jargão cantado por Lea Mendonça: “Vou prosperar na terra da minha aflição”.
Posted on: Fri, 26 Jul 2013 19:28:29 +0000
Trending Topics
Recently Viewed Topics
© 2015