O que querem, no fim das contas, as onipresentes manifestações populares? MAIS ESTADO. Se não, vejamos: os protestos são por demais genéricos e não dirigidos a nenhuma entidade identificável, seja uma pessoa, um partido ou uma organização, apenas chavões "contra" isso e aquilo, demandas para que o governo "faça" alguma coisa, mais especificamente, dê alguma coisa ao povo, seja um desconto na passagem, seja uma melhor infraestrutura viária, seja o reconhecimento de algum "direito fundamental" que brotou da mente fértil de algum cretino. O "povo", e não apenas a choldra, mas especialmente os "universitários", se acha o máximo, os paladinos da justiça e da verdade, inscientes de que são meros peões a serviço de um rei que não têm a mínima ideia de quem seja (não é a presidanta e nem mesmo o PT, mais não digo). Esse mesmo povinho passa seus dias assistindo novela, bbb, jn, futebol e esperando pelo próximo carnaval e é incapaz de fugir do lugar-comum de coonestar tudo o que o estado encampa como bandeira: seja a defesa de "minorias", a satanização da polícia , das forças armadas, da família e da Igreja e, por fim, a conquista de mais benesses, seja o “passe livre ou bolsa alguma coisa, tudo sem qualquer caráter meritório, mas apenas baseado num suposto “direito” de cobrar em nada oferecer. O que isso representa no fim das contas: o pleito por uma maior ingerência estatal nas vidas de todos e cada um, acreditando estupidamente que o estado pode tudo e tudo se resolve tirando de quem “tem” para dar a quem “não tem”. Nesse meio tempo, quantos carros, ônibus e estabelecimentos comerciais ou mesmo públicos serão depredados e saqueados, quantas pessoas serão feridas para que, em troca de algumas graças estatais tais como a diminuição da passagem ou algum discurso indignado dos governantes contra a “corrupção (a presidanta já “legitimou” as “manifestações”) e as eternas promessas de fazer a diferença num futuro que jamais chegará, pois nas próximas eleições os hoje insurgente bovinamente elegerão quem a mídia indicar, ou seja, mais do mesmo com uma nova embalagem, já que o pós-modernismo liquidou absolutamente com a idéia da possibilidade de uma verdade absoluta, de valores perenes e onipresentes. No fim, o que fica de “positivo” é ver os inocentes de bom coração limpando a sujeira feita pelos “manifestantes radicais”.
Posted on: Thu, 20 Jun 2013 00:53:39 +0000
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