O senador Fernando Collor de Mello é um homem destemido, e não - TopicsExpress



          

O senador Fernando Collor de Mello é um homem destemido, e não precisaria de tantos seguranças, pois não têm oponentes, todavia, não mais consegue controlar suas emoções, seu destempero, e que o diga o nonagenário colega Pedro Simon (eles só abandonam a “têta” quando tolhidos pela morte). O senador com seus “olhinhos inquietos” e grande domínio da oratória é filho do ex-senador alagoano Arnon de Mello, que em plena sessão da Casa, no dia 04 de dezembro de 1963, sacou uma arma e atirou noutro senador, Silvestre Péricles, e na “bagunça” que se seguiu no recinto acertou o peito doutro senador, José Kairala, que morreu no local. Na obra Histórias do Brasil, contadas por Luiz Antônio Simas, o autor descreve esse episódio triste e decadente, em toda sua “magnitude”, inclusive lembrando que no auge do tiroteio (a pretensa vítima do pai de Collor também sacou de sua arma e atirou no meio do “funaréu”), os mandatários jamais perderam a postura, a fleuma, pois mesmo perturbados por incontáveis estampidos da "metralha" tratavam-se respeitosamente; arre égua! Confira na íntegra o registro do bom Simas: “Há que se ressaltar que, mesmo no meio do pega pra capar, os parlamentares mantiveram a compostura, tratando-se, em pleno tiroteio, por Vossa Excelência, como pede o decoro da casa. Arnon de Mello, ao mandar bala pra cima de Péricles, gritava segundo testemunhas: - Vossa Excelência vai morrer, filho da puta, safado. Me ameaçou! Péricles, abaixado, respondia: - Vossa Excelência é um crápula. Vossa Excelência é ladrão! No final da zorra toda, com furo de bala até no teto do Senado, Arnon de Mello, o assassino de José Kairala, não sofreu qualquer tipo de punição pelo ato, protegido que estava pela imunidade parlamentar”. Arre égua! Nessa ocorrência vergonhosa, parece não ter ocorrido à morte de um homem, pois mesmo na existência de um “cadáver”; morto num tiroteio dentro do Senado Federal, não houve assassino, não houve justiça. Aleluia! Collor, como todos sabem foi Presidente da República há não muito tempo e foi apeado do poder através de impeachment, acusado de corrupção, todavia, inocentado juntamente com seu tesoureiro de campanha Paulo César Farias, por falta de provas. Ué! Meteram o pé na bunda do sujeito, e depois dele fora não apresentaram nenhuma prova contra si; isso é estranho, muito estranho e merece uma ação de danos morais contra o Estado, a não ser que a suposta vítima reconheça haver errado em algum momento desse “espetáculo circense”. Sua absolvição, bem como do famoso e notório PC Farias foi concedida pelo STF ainda em 1994, após 30 horas de julgamento e um placar de cinco votos a favor (Ilmar Galvão, Moreira Alves, Celso Mello, Sidnei Sanches e Octávio Galloti) e três votos pela condenação (Sepúlveda Pertence, Néri da Silveira e Carlos Velloso), o que tornou improcedente a denúncia do Procurador Geral da República Aristides Junqueira. Aleluia! Como esse político ficou conhecido na história da “Nova República” (uma Instituição velha e carcomida) como o “caçador de marajás”, alcunha forjada por uma mídia oportunista e serviçal, o “faixa preta” que deu ippon no atraso e trouxe a modernidade prô País, além de autor de frases excessivamente fortes ou agressivas, espera-se nessa CPI um ambiente de grandes embates, mormente com uma “oposição atuante, vibrante e excessivamente combativa como essa de hoje”, visceralmente preocupada com a sobrevivência política; só isso! Só isso, apesar das ilusões de milhares de fãs ou tietes, que ainda enxergam “paladinos e salvadores da pátria” em quem defende seus interesses e de grupos por si representados, ou simplesmente a pele, em situações de “caça às bruxas”, como prometem que será o desenrolar dessa oportunidade ímpar de “passar a história do País a limpo”? Será mesmo? Lérias! Como o ambiente de cordialidade entre os atuantes nesse evento é palpável, torna-se de bom alvitre levar ao conhecimento público, o que dizia, o hoje senador Fernando Collor de seu colega de batente José Sarney, por ocasião das eleições de 1989, confira. "Gostaria de tratar o senhor José Sarney com elegância e respeito, mas não posso, porque estou falando com um irresponsável, um omisso, um desastrado, um fraco. (...) O senhor sempre foi um político de segunda classe, nunca teve uma atitude de coragem". Futuramente, Collor substituiria essa agressão por um afago de primeira, senão vejamos. "Sei o que é isso, porque por isso passei, só que em maior escala. Sei como essas coisas funcionam e como isso tudo é feito, tudo é forjado. Sei a quem interessa que o Senado retire daquela cadeira o presidente que todos nós elegemos", disse o senador, solidarizando-se com o colega Sarney envolvido com denúncias sobre contratações irregulares e secretas, ou um dos últimos, ou mais recentes escândalos do Congresso. No tocante ao ex-presidente Lula, além do episódio em que Mírian Cordeiro foi incluída no seu programa político (às vésperas das eleições de 1989), Collor ainda o chamou de “cambalacheiro”, mas, hoje, em nome da governabilidade, os dois; NÃO, os três (Collor, Lula e Sarney) são grandes e inseparáveis amigos. Viva o Brasil, ou arre égua! Comentando mais algumas frases do senador que presidirá ou relatará a nova CPI é interessante lembrar que ele avisou ao povo brasileiro que “tinha aquilo (os culhões) roxo”, e, já quase de malas prontas suplicou a massa (?), “não me deixem sozinho, minha gente”. Ultimamente, Collor aproveitou a tribuna do senado, e numa alusão ao colunista da revista Veja, Roberto Pompeu de Toledo foi incisivo: "Venho obrando, obrando, obrando em sua cabeça. Para que alguma graxa possa melhorar seus neurônios". O termo obrando foi usado no sentido de defecar (cagar), enquanto o comentário agressivo e deselegante faz parte de um discurso proferido, também, em plenário, por um Senador da República (progressista?), do Brasil, em 10/08/2009. Nessa mesma Casa, no longínquo ano de 1914, ou há 98 anos, outro senador nordestino ocupou a tribuna, indignado e bradou para seus colegas no futuro, aquilo que muitos brasileiros com vergonha na cara gostariam de ter a oportunidade de fazê-lo: "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". Muito obrigado senador Rui Barboza, por sua inteligência, cavalheirismo, coragem e a tentativa de “sublimar” miasmas putrefatos. AMÉM
Posted on: Wed, 05 Jun 2013 20:46:50 +0000

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