O suicida da torre Nilson Silva O relógio marcava vinte e - TopicsExpress



          

O suicida da torre Nilson Silva O relógio marcava vinte e duas horas, não era possível saber qual temperatura o termômetro acusava, pois no Pelotão da Polícia Militar não existe este tipo de equipamento, porém, os envolvidos se recordam que estava muito frio. Gritos ecoam na noite. Do interior da unidade militar era possível ouvir o clamor de alguém, que não pedia socorro, mas dizia que iria se matar. Rapidamente os policiais conseguiram visualizar um cidadão, que havia escalado mais de cinqüenta metros da torre da emissora de rádio que se localiza ao lado do quartel e de lá chamava à atenção da população. O homem dizia que iria tirar a própria vida, atirando-se daquele ponto, rumo ao solo. A notícia se espalhou como fogo na palha seca e rapidamente um grupo de curiosos se reuniu para presenciar uma desgraça que estava prestes a ocorrer. A época, Mundo Novo não possuía Corpo de Bombeiros e nenhum dos policiais era especializado no chamado gerenciamento de crise, mesmo assim, movido por um espírito cristão e com larga experiência profissional, o comandante da equipe, inicia uma negociação com o potencial suicida, na tentativa de demovê-lo daquela idéia insana. Após algum minuto de conversa, o cidadão abre o coração e começa a listar suas mágoas. Diz que aquela atitude desesperada era por amor, pois a companheira de tantos anos o havia abandonado indo morar com um rival do outro lado da cidade e que nada mais valia a pena, daí a decisão de se matar. Os profissionais da segurança conseguiram identificar a ex-esposa do suicida e foram até sua residência para ela tentar convencê-lo a não cometer tal loucura. A mulher esteve então no local e disse para ele deixar de ser idiota, de que forma alguma reataria o relacionamento e além do mais, se ele quisesse se jogar daquela altura, com certeza morreria, pois ele tinha recebido um par de “chifres” e não de asas. O riso do público irritou ainda mais o indivíduo, que passou a enumerar as várias qualidades negativas de sua ex-mulher no tempo em que conviviam maritalmente. Enquanto o casal “lavava a roupa suja” em público, um dos militares subiu à torre, e com muito jeito, se aproximou do homem e o agarrou. Em um esforço físico sobre-humano, o Cabo desceu a torre com o cidadão nos ombros. De imediato foi conduzido ao hospital de plantão, onde recebeu uma medicação para ficar calmo conhecida popularmente como “sossega leão” e em seguida colocado na viatura da Polícia Militar e levado para casa. Atualmente, passados alguns anos do ocorrido, arrumou um outro amor e segue tranquilamente sua vida, exercendo suas atividades profissionais no ramo da construção civil.
Posted on: Wed, 04 Sep 2013 12:51:15 +0000

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