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O texto que nosso questionador se refere parece ser o que intitulamos “Condenação do Espiritismo”.Assim, no decorrer da narração vou mostrar como certas citações são contraditórias ao que Jesus nos passou e como algumas interpretações que querem dar aos textos não condizem com o seu real sentido. Infelizmente notamos que são apegados demais à letra, outras vezes não buscam o contexto, agindo com o espírito preconcebido, arraigados aos dogmas que lhes são impostos”. Confirma assim o que afirmamos. Se, por ventura não for este texto que nos mostrem onde foi que colocamos, até mesmo porque se foi algo contrário ao que estamos dizendo aqui, reformularemos o que escrevemos para ficar de acordo com o que realmente pensamos. Antes de continuar, iremos colocar a passagem onde é narrada a transfiguração de Jesus para que possamos desenvolver o complemento de nossa resposta. Lucas 9, 28-36: Passados oito dias, Jesus tomou consigo a Pedro, a Tiago e a João, e subiu ao monte para orar. Enquanto orava, transformou-se o seu rosto e as suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura. E eis que falavam com ele dois personagens; eram Moisés e Elias, que apareceram envoltos em glória, e falavam da morte dele, que se havia de cumprir em Jerusalém. Entretanto, Pedro e seus companheiros tinham deixado vencer-se pelo sono; ao despertarem, viram a glória de Jesus e os dois personagens em sua companhia. Quando estes se apartaram de Jesus, Pedro disse: “Mestre, é bom estarmos aqui. Podemos levantar três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias!...” Ele não sabia o que dizia. Enquanto ainda assim falava, veio uma nuvem, e encobriu-os com a sua sombra; e os discípulos, vendo-os desaparecer na nuvem, tiveram um grande pavor. Então da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado: ouvi-o!” E, enquanto ainda ressoava esta voz, achou-se Jesus sozinho. Os discípulos calaram-se e a ninguém disseram naqueles dias coisa alguma do que tinham visto. Notamos que a pessoa que nos questiona não duvida da manifestação dos espíritos dos que já morreram, só diz que a comunicação ou a invocação foi proibida por Deus. Já que se posicionou para nós , apesar de sua fala ter um certo ar de coisas que os protestantes normalmente usam, falaremos que está sendo contraditório (ele o questionador e não Jesus), pelo menos por dois motivos: 1º - É bem certo que aceita as imagens dos santos, apesar da determinação em Deuteronômio 5, 8-9: Não farás para ti imagem de escultura representando o que quer que seja do que está em cima no céu, ou embaixo na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas para render-lhes culto,... (ver também em Êxodo 20, 4-5), já que acha importantíssimo o Antigo Testamento; 2º - Deveria não mais invocar aos santos para lhes fazer pedidos ou para que os santos intercedam por ele diante de Deus, pois não consta de Deuteronômio 18, 9-12 a proibição da evocação dos mortos. Não é ela que justamente exigem que nós a sigamos, então por que também não cumprem? Dois pesos e duas medidas? O que sempre estamos afirmando é que se a proibição da evocação dos mortos fosse realmente da vontade divina, Jesus nunca teria participado daquela manifestação espiritual onde os espíritos dos mortos se comunicavam. Você até pode dizer que Elias não morreu, se acredita nisso não podemos fazer nada, entretanto quanto a Moisés não há como negar. E o mais interessante disto tudo é que o próprio Moisés que diz ter recebido de Deus a ordenação de não evocar os mortos aparece depois de morto. É pura ironia do destino? Distorcer os fatos é querer apelar para simbolismo no que diz respeito a Moisés e Elias, pode ser até que possa existir, mas o fato concreto e real que foi o aparecimento deles como espíritos isso é objetivo e não há como mudar. A morte de Jesus na cruz é um fato objetivo, se daí se tira algum significado, quem quiser que o faça, mas não há como contestar que ele morreu crucificado, não é mesmo? Não vejo nenhum sentido em Jesus ter instituído rituais já que você disse que ele revogou os rituais e os sacrifícios. Assim o livro que é mencionado, que não o conhecemos, sendo coisas que Jesus disse, por que então não foi parar nos Evangelhos? E como Jesus disse: “Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não os podeis suportar agora” (João 16, 12) nem tudo ele pôde dizer por absoluta falta de capacidade dos discípulos compreenderem. Por isso os rituais a favor do Espiritismo não existem no livro mencionado. Rituais apenas para seguir sua linha de pensamento, pois a bem da verdade no Espiritismo não existe nenhum tipo de ritual. O que sempre encontramos é que, regra geral, os que combatem a Doutrina Espírita nada sabem de suas práticas. E até fazemos um desafio: Venha a uma reunião Espírita, e se for capaz de nos mostrar algo que venha a ser contra os ensinamentos de Jesus, desde que não os venha a distorcer à sua conveniência, ou contra qualquer princípio ético ou moral nos diga, pois prometemos nunca mais ir lá. Se os discípulos não tinham capacidade de entender tudo o que Jesus tinha para dizer, por que poucos dias depois, (no máximo 40 dias, tempo que, segundo Lucas, Jesus ficou entre os discípulos após ter ressuscitado) eles já possuíam esta capacidade? Assim o Pentecostes não poderia ser realmente o cumprimento da promessa do Consolador. Kardec não pegou para si o Consolador, foram os Espíritos Superiores que lhe orientaram na codificação da Doutrina Espírita sendo ela apontada como o Consolador prometido por Jesus. Está dito em João 14, 26: Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai vos enviará em meu nome, ele vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar o que eu vos disse, é exatamente isso que o Espiritismo faz. Em certa oportunidade Jesus disse: Aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores (João 14, 12) e após lavar os pés dos discípulos diz: “Dei-vos o exemplo, para que, como eu vos fiz, assim façais também vós (João 13, 15), ou seja, nada do que ele fez nos proibiu de fazer. Por isso se no Monte Tabor Jesus, na presença de Pedro, Tiago e João, entra em colóquio com os Espíritos Moisés e Elias, não vemos porque não podemos seguir seu exemplo e fazer o mesmo Pela narrativa do episódio podemos perceber claramente porque naquela época tal coisa não poderia ser disseminada. Seus discípulos que presenciavam a manifestação queriam construir três tendas, uma para Jesus, outra para Moisés e outra para Elias. Com isso endeusaram os três, pois queriam em verdade construir lugares para que eles pudessem ser adorados, tal e qual a tenda da reunião que fizeram para Deus. Qualquer pessoa que tiver um mínimo conhecimento sobre mediunidade verá que o cristianismo primitivo a praticava em larga escala. A primeira epístola de Paulo aos Coríntios nos capítulos 12 e 14 fala exatamente disso, entretanto ela é vista pelos católicos como carisma. O próprio dia do Pentecostes, que falávamos há pouco, é uma explosão coletiva da mediunidade. Tanto é verdade que João sabia que os espíritos mentirosos poderiam se manifestar, que disse: Caríssimos, não deis fé a qualquer espírito, mas examinai se os espíritos são de Deus, porque muitos falsos profetas se levantaram no mundo. (1 João 4, 1). Estamos plenamente conscientes que podem ocorrer manifestações de pseudo-sábios que tentam nos enganar, mas não somos tão tolos a ponto de não sabermos separar o joio do trigo. E não é pelo simples fato de um espírito dizer alguma coisa que lhe acreditaremos. Sabe por que? Porque eles são nada mais nada menos que seres humanos sem a indumentária física, ou seja, seremos no mundo espiritual o que éramos no corpo físico com relação ao nosso caráter, conhecimento, moral, etc. Assim um espírito não se torna sábio apenas pelo fato de ter desencarnado. No mais em nossas práticas não estamos aqui para provar nada a ninguém. Como não nos utilizamos das evocações para convencer os incrédulos ou os nossos detratores não podemos lhe oferecer um espetáculo convocando os espíritos de Moisés e Elias para conversar contigo. Primeiro: porque mesmo que eles viessem você continuaria sem acreditar, iria dizer que era mistificação. Segundo: eles poderiam não vir e você ficaria frustrado. A comunicação é de domínio dos espíritos, não temos como garantir a ninguém manifestação de um espírito, pois se ele não quiser vir não virá, e poderemos ficar o resto da vida evocando-o que continuará não vindo. Terceiro: nossas práticas não se resumem em ficar evocando os espíritos, da mesma maneira que a roda de um carro não é o carro por inteiro.
Posted on: Sun, 29 Sep 2013 17:47:55 +0000

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