O voo do grande dragão vermelho A China de Hu Jintao e Wu - TopicsExpress



          

O voo do grande dragão vermelho A China de Hu Jintao e Wu Jiabao está se encerrando. Encerrou-se o decênio dos dois líderes do Partido Comunista Chinês (PCCh). Foi à primeira vez na história deste país que um governo teve tempo programado e a tendência é que o fato crie raízes e até que o tempo de governo diminua, talvez para cinco anos, como em qualquer democracia ocidental. Projetando um pouco mais, talvez, 10 ou 20 anos no futuro, seja possível pensar em uma eleição direta. Mas nem sempre foi assim. Durante a maior parte de sua milenar história os chineses estiveram submetidos a governos vitalícios, mesmo após a Revolução Socialista. Em outubro de 1949, a bandeira vermelha foi hasteada no Império do Meio – nome tradicional do país – por um governante socialista, o “grande timoneiro” Mao Tsé-tung. Seu governo se estendeu de 1949 a 1976, e passou por várias fases, desde a consolidação do socialismo de 1949 até 1958, quando se instalou as reformas estruturais, preparando o país para o futuro, fundamentado em alimentação (imensa reforma agrária), pleno emprego (desenvolvimento acelerado da produção agropecuária e da indústria de base), habitação (programa de moradia, primeiro rural, depois urbano), educação (rígido sistema educacional meritocrático) e saúde (começando com os ‘médicos dos pés descalços’ até a instalação da alopatia), até a Revolução Cultural, tempos difíceis para os opositores do regime, tempo do Livro Vermelho de Mao, de 1966 a 1975. O fato é que Mao preparou o país para o que a China é hoje, claro, isso custou milhões de vidas, cerca de 70 milhões, mais do que as mortes da II Guerra Mundial, mas entre perdas e ganhos o Dragão Vermelho saiu no lucro. Após o governo de Mao, um período de incertezas de três anos, até que o pragmático Deng Xiao Ping, assume o governo do país com uma nova filosofia, uma frase histórica caracteriza sua visão de mundo “não importa a cor do gato, importa que ele mate ratos”, sendo assim “a pequena raposa” vai introduzindo a China na economia moderna, para isso inicia uma reforma agrária às avessas e nas cidades do litoral, cria as Zonas Econômicas Especiais (ZEE) instalando princípios da economia de mercado. A China decola, para até então, não mais perder o fôlego, são impressionantes, 8% de crescimento anuais de 1979 até hoje, tanto que já atingiu o segundo posto entre as potências econômicas mundiais. Houve momentos inquietantes no governo Deng, como o Massacre da Praça da Paz Celestial, no entanto, a China passou incólume. Deng mandou no país de 1979 a 1997, ano da devolução de Hong Kong. Zhu Rongji e Jiang Zhemim fizeram a transição de uma economia ainda fechada e de um governo gerontocrático, para uma China cada vez mais aberta e de governo progressivamente liberal. Em 2002 Hu Jintao e Wu Jiabao, começam a reforma mais fundamental da economia chinesa a da promoção de empreendedores individuais, aliás, modelo que inspira o SEBRAE, os dois “jovens” líderes expandem os negócios chineses pelo mundo ao mesmo tempo em que criam a China para os 5, sim, pois até eles tínhamos a China para os 4, ou seja, para os camponeses, militares, operários e intelectuais, categorias que sustentaram o socialismo chinês, a nova dupla inclui os empresários. Assim a China vem se preparando para se tornar a maior potência econômica nos próximos 25 anos. Quem viver verá.
Posted on: Thu, 19 Sep 2013 12:00:27 +0000

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