OBAMA: O DISCURSO QUE A MÍDIA NÃO MOSTROU Discurso de Obama na - TopicsExpress



          

OBAMA: O DISCURSO QUE A MÍDIA NÃO MOSTROU Discurso de Obama na ONU reafirma sua presunção imperial e a autodelegação do papel de polícia do mundo, a chamada teoria do "Destino Manifesto". ============ Obama diz na ONU que ‘espaço vital’ dos EUA é o planeta todo Tão isolado que teve de recuar do ataque à Síria, ele reiterou “excepcionalidade” dos EUA” e, apesar dos fiascos no Iraque e Afeganistão, prometeu continuar roubando o petróleo alheio Tão isolado que teve de recuar do anunciado bombardeio à Síria, e sob repulsa geral por grampear o mundo inteiro com a NSA, o presidente Barack Obama foi à Assembleia Geral da ONU para dizer aos demais países que na condição de “nação excepcional” os EUA vão continuar intervindo planeta afora, e que todos devem ainda ficar na maior satisfação. Segundo o fariseu, os EUA intervêm “não apenas por nosso próprio e estreito autointeresse, mas pelo interesse de todos”. Em suma, Obama requentou a tese de Hitler do “espaço vital”, com a diferença de que o “espaço vital” dos EUA é o planeta inteiro – apesar dos fiascos no Iraque e Afeganistão. Nas palavras de Obama, “o perigo para o mundo não é uma América que esteja demasiado ávida para intervir nos assuntos dos outros países, ou para tomar como seu cada problema em uma região. O perigo para o mundo é que os Estados Unidos depois de uma década de guerra ... possam se desengajar criando um vácuo de liderança que nenhuma outra nação está pronta para preencher”. Ou seja, todas as nações devem ficar sob o tacão de Washington, e os norte-americanos são a “raça superior” da atualidade. Nada de mundo multipolar. De acordo com Obama, tal “desengajamento” seria “um erro”. Ele asseverou acreditar que “o mundo esteja melhor por isso” - pelas guerras e invasões que os EUA cometeram, como no Iraque, Afeganistão, Líbia (para não falar da Coreia, Vietnã, Iugoslávia e outros povos). “Alguns podem discordar”, acrescentou – certamente se referindo à carta aberta ao povo norte-americano do presidente russo Putin -, “mas eu acredito que a América é excepcional”. DIFERENÇAS Na carta que o “New York Times” publicou, Putin havia advertido ser “muito perigoso encorajar as pessoas a se verem como excepcionais”, em resposta a Obama em discurso anterior. “Existem países grandes e pequenos, ricos e pobres, aqueles que têm uma longa tradição democrática e os que estão ainda encontrando o caminho da democracia. Suas políticas também são diferentes. Nós somos todos diferentes, mas quando pedimos ao Senhor suas bênçãos, não devemos nos esquecer de que Deus nos criou todos iguais”. À questão levantada por Putin de que “milhões, no mundo, cada vez mais veem os Estados Unidos não como modelo de democracia, mas se apoiando somente na força bruta, formando coalizões sob o slogan ‘ou você está conosco ou contra nós’”, tudo que Obama pôde dizer foi que “sempre que possível” irá respeitar a soberania. O presidente dos EUA disse ainda que o “teste do nosso tempo” da ONU é passar por cima da soberania das nações e intervir sob alegações humanitárias. “A soberania não pode ser um escudo para tiranos”, asseverou o porta-voz de Wall Street, Pentágono e Big Oil, que em seguida defendeu o “intervencionismo humanitário” sob a alegação de que a soberania não pode ser “uma desculpa para a comunidade internacional se fazer de cega”. Para um país que patrocinou todo tipo de tirano, do Xá da Pérsia a Diem, Suharto, Mobutu, Somoza, Videla e Pinochet, é o cúmulo da hipocrisia se arvorar em decidir quem é ou não é “tirano”. Aliás, de acordo com a História, a Casa Branca costuma considerar “tiranos”, não os ditadores que pôs no poder através de golpes e invasões, mas os líderes que se ergueram contra a dominação imperial. Para não dizer que Obama só falou mentiras, na sua exposição sobre os “interesses centrais” dos EUA na intervenção no Oriente Médio e Norte da África, ele revelou o óbvio: trata-se do roubo do petróleo. Ou, como ele se referiu, “garantir o livre fluxo de energia para o mundo”. A pilhagem é sempre em nome do “mundo” e não das Sete Irmãs. “E continuaremos a promover a democracia, os direitos humanos e os mercados abertos”, esclareceu. Aliás, os maiores aliados dos EUA na região são exemplos contundentes de “democracia”, como os regimes feudais da Arábia Saudita e Qatar, e o apartheid de Israel. “REVISAR” GRAMPO Sobre a espionagem em massa da NSA no planeta inteiro, ele prometeu uma “revisão” para “equilibrar adequadamente as legítimas preocupações de segurança de nossos cidadãos e aliados” (sic) com as “preocupações de privacidade”. Isto é, no “interesse dos cidadãos e aliados” vai continuar a espionar a todos. Ele também defendeu suas chacinas com drones. Depois que as guerras causadas pelos EUA levaram a devastação e o caos ao Iraque, Afeganistão, Somália, Líbia e Iêmen, e agora, na Síria, Obama teve a arrogância de dizer que “enquanto nós reconhecemos que nossa influência será, às vezes, limitada, embora estejamos ressabiados dos esforços para impor democracia através da força militar, e embora, às vezes, sejamos acusados de hipocrisia e inconsistência, nós continuaremos engajados na região por longo prazo, pois o duro trabalho de forjar liberdade e democracia é tarefa para uma geração”. Traduza-se: se só dependesse deles, o assalto ao petróleo não teria data para acabar. Em relação à Síria, Obama passou a chantagear a Rússia (mais a China) e o Irã de que, se não aceitarem a derrubada do governo Assad, o país será levado “ao resultado que eles temem: um espaço crescentemente violento para extremistas operarem”. “Extremistas” que a CIA financiou, transportou e armou. Obama revelou que já gastou US$ 1 bilhão na Síria. ARSENAL Quanto ao Irã, Obama se disse disposto a tentar a diplomacia, chegou até mesmo a prometer que “não está buscando mudança de regime” – como se Teerã fosse acreditar depois da exigência quanto a Assad – e que respeitará “o direito do povo iraniano de acesso à energia nuclear para uso pacífico”, mas “estamos determinados a evitar que o Irã desenvolva uma arma nuclear’. Já Israel pode, ao que se diz, ter um arsenal nuclear maior do que o da Inglaterra. Mas o cúmulo do cinismo ficou para o final: Obama asseverou que “em última instância esta é a comunidade internacional que os Estados Unidos buscam: uma onde as nações não cobicem a terra os recursos de outras nações”. E para que seriam as 1000 bases no exterior, as armas nucleares e frotas navais dos EUA? horadopovo.br/2013/09Set/3190-27-09-2013/P7/pag7a.htm#.UkY_fLhIXCk.facebook
Posted on: Sat, 28 Sep 2013 17:19:41 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015