OLHEMOS (E, QUEM SABE, OREMOS): já acompanhava o movimento de - TopicsExpress



          

OLHEMOS (E, QUEM SABE, OREMOS): já acompanhava o movimento de alguns dos Anonymous e, por conta das manifestações recentes, passei a seguir alguns outros específicos, como AnonymousRJ. Este, em especial, fez - e continuará fazendo - sérias denúncias acerca da violência das polícias cariocas, apontando excessos (como no Centro) e omissões (como na Barra). Além disso, vem dando informes importantes dos acontecimentos. Essa atividade (serviços) é essencial na construção da cidadania em tempos de redes e conexões. O ativismo virtual - com suas mobilizações pela rede - é e será um dos atores cada vez mais importantes no novo cenário político, cultural e econômico que se redesenha (ou ao menos se quer desenhar). Vimos isso agora in loco, mas já tínhamos visto o mesmo fenômeno em outros países, em especial nos que derrubaram ditadores (ditadores de verdade, viu, pessoal que pede "Fora Dilma"?). Contudo, não posso fechar os olhos para essa (falsa) sensação de união que pensa que pode tudo. Chega a ser assustador a ojeriza que muitos dos Anonymous têm para com a política (e não só a partidária, destaco). Nem todos acompanharam, mas no perfil deles houve uma briga. Ao que parece, uns queria uma coisa, e outros, outra. O que mostra que pra unir é preciso conciliar. Na era do poder horizontal, não dá pra ignorar o famoso "conversando é que a gente se entende". Mesmo o mais radical anda acompanhado por seus radicais. Dialogar é fundamental. É de dar medo tudo isso. Parece coisa de criança traquinas com birra - ou seria apenas mais uma demonstração de que por trás dos teclados há muitos músculos e pouca massa cinzenta? Do que adianta tanta inteligência para com a máquina (invadí-la remotamente, por exemplo) se você não vai saber o que fazer quando possuí-la? Em muitos momentos, lendo alguns posts, me senti um pedestre de frente para um adolescente bêbado que acabou de ganhar um carro esportivo novo e vem vindo em alta direção... Fico pensando no Assange preso na Embaixada do Equador em Londres (quinta passada "comemorou-se" um ano desse cárcere arbitrário), Bradley Manning, Wikileaks e tudo mais: são verdadeiros heróis e, para estes (Anonymous), espécies de ídolos. Mas se você for acompanhar, eles (Anonymous) vão se esforçar em bradar um "não tenho ídolos", "ninguém me representa", "todos são vendidos", "sou contra tudo isso que está aí"... Ontem, por conta do enfoque nas depredações do patrimônio público (neste momento, vale lembrar, nenhum veículo se importou em dizer que a saúde, a educação, os transportes etc. são TAMBÉM patrimônios públicos. Patrimônio público não pode ser só prédio, porra! gente > prédio) um dos Anonymous chegou a dizer que a antes era a classe média que estava na rua e, agora, com o acirramento do vandalismo, era a vez da favela. Se isso for só miopia por excesso de horas na frente do computador... Em tempo: aí vai uma entrevista curta, mas muito interessante do Julian Assange com o Rafael Correa ANTES deste último conceder asilo político ao primeiro. Não dá pra ver este vídeo e continuar pensando com uma cabeça "anônima". Aliás, confesso: estou com medo de que nossas "cabeças anônimas" acabem se tornando "cabeças anencéfalas". youtube/watch?v=RXvYgew168o
Posted on: Sat, 22 Jun 2013 15:50:34 +0000

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