OS LIVROS DE PROVÉRBIOS E ECLESIASTES Provérbios O termo - TopicsExpress



          

OS LIVROS DE PROVÉRBIOS E ECLESIASTES Provérbios O termo hebraico maschal procede de uma raiz que significa ser como, e isto tem o significado de comparação ou similitude. O vocábulo pode ser traduzido como provérbio, parábola, alegoria, dito satírico, motejo, discurso ou tratado. Os Provérbios são ditos sapienciais breves; máximas e aforismos que procuram instruções para a alma na realidade da vida prática. Observações Hermenêuticas sobre os Provérbios A exegese de Provérbios deve efetuar-se tendo presente algumas observações especiais: 1º) Determinar o tipo de linguagem usado no texto, denotativo ou conotativo, um símile, metáfora, alegoria etc. e buscar o significado correspondente. 2º) Fazer com que as figuras de linguagem não digam mais do que realmente quer expressar o autor ao usá-la. 3º) Estudá-los levando em conta o contexto social, moral e religioso. Muitas comparações dos provérbios são extraídas da vida prática e, portanto, o conhecimento da cultura e dos valores morais da época auxilia a exegese do texto. 4º) Identificar os paralelismos antitéticos, sinonímicos ou outros que possam ocorrer. O Livro de Eclesiastes No hebraico chama-se Koheleth, um título extraído de sua sentença inicial “Palavras de Koheleth, o filho de Davi, rei de Jerusalém”. Jerônimo traduziu koheleth por Ekklesiastes, que é a forma latina da palavra grega para pregador. Koheleth, vem de uma raiz hebraica que significa “chamar, reunir”. Quando Koheleth foi traduzido por Jerônimo, levou-se em consideração o vocábulo latino calo e o grego kaleo, que significa “congregar, reunir especialmente para fins religiosos”. Jerônimo explica dizendo que no grego chama-se assim a pessoa que reúne a congregação ou ekklesia. O tema dominante de Koheleth é a vaidade e futilidade da vida sem Deus. Descreve dez tipos de vaidades: 1º Da Sabedoria Humana..................2.15,16; 2º Do Trabalho Humano...................2.19-21; 3º Do Propósito Humano..................2.26; 4º Da Inveja Humana.......................4.4; 5º Da Avareza Humana.................4.7; 6º Da Glória Humana....................4.16; 7º Da Ambição Humana................5.10; 8º Da Cobiça Humana...................6.9; 9º Da Frivolidade Humana.............7.6; 10º Das recompensas Humanas......8.10,14. Observações Hermenêuticas sobre Eclesiastes A exegese de Eclesiastes deve efetuar-se tendo presente algumas observações especiais: 1º) Considerar a natureza da estrutura do livro. Eclesiastes é um monólogo dramático que apresenta as complicadas experiências da vida. Nesse monólogo o autor conversa consigo mesmo, comparando as experiências da vida uma com as outras. É um sermão didático-filosófico autobiográfico cercado de especulações sobre o sentido da vida, da morte, do trabalho, do amor, da juventude da velhice, etc. 2º) Considerar as diversas expressões que se repetem como indicativo do sentimento de koheleth sobre o sentido vida. Deve-se classificar entre elas hebel, que é traduzido por vaidade. Das 71 ocorrênfcias de hebel no AT, cerca de 36 ocorrem somente em Eclesiastes, onde aparece pelo menos uma vez em cada um dos 12 capítulos, exceto o capítulo 10. O termo geralmente significa vento, sopro, o que comunica a ideia de vacuidade, temporal, abstrato, inutilidade, vaidade. Dessas ocorrências o termo subjaz em várias aplicações: a) Incapacidade de realização no trabalho, por não conseguir ser criativo e não conseguir controlar o livre uso e o destino de suas posses; isso é hebel (2.11,19,21,21,23; 4.4,8; 6.2); b) A ideia de que a conexão entre pecado e juízo, justiça e livramento, nem sempre é direta ou óbvia, sendo uma anomalia da vida que é hebel (2.15; 6.7-9; 8.10-14). Neste caso hebel significa “sem sentido”; c) Para lamentar a brevidade da vida, o que também é hebel (3.19; 6.12; 11.8,10). A vida, em sua qualidade, é vazia ou sofre de vacuidade (insubstancial), e em sua quantidade é transitória. Outras expressões repetidas são “debaixo do sol” (cerca de 30 vezes), “correr atrás do vento” (r‘ût rûªh ― “aflição de espírito” ARC), “então eu vi, “então eu considerei” e muitas outras. Texto adaptado da obra “Hermenêutica Fácil e Descomplicada”, editada pela CPAD.
Posted on: Sun, 06 Oct 2013 11:44:20 +0000

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