Obama: jovem negro morto poderia ter sido ele há 35 - TopicsExpress



          

Obama: jovem negro morto poderia ter sido ele há 35 anos 20.07.2013 imprimir email Líder dos EUA falou sobre a absolvição do vigia acusado de matar afro-americano no ano passado Washington. No mais extenso discurso sobre preconceito racial desde que chegou à Casa Branca, o presidente americano Barack Obama disse, ontem, que ele "poderia ter sido Trayvon Martin há 35 anos". Durante discurso na Casa Branca, o democrata relembrou momentos em que foi vítima de racismo e defendeu que algumas leis que tratam da questão racial nos Estados Unidos sejam analisadas FOTO: REUTERS O democrata se referiu ao adolescente de 17 anos que foi morto na Flórida no ano passado por George Zimmerman, um vigilante voluntário de um condomínio. Zimmerman foi absolvido no sábado passado. Quando o crime aconteceu, Obama já havia dito que Trayvon "poderia ser meu filho". "Poucos afro-americanos neste país não tiveram a experiência de ser seguidos enquanto faziam compras em lojas de departamentos. Incluído eu", disse Obama ontem na Casa Branca. "Ou ao andar pela rua, ouvir as portas dos carros sendo travadas imediatamente. Me acontecia pelo menos antes de virar senador. Ou de entrar em um elevador e uma mulher ficar apertando a bolsa contra o peito nervosamente", descreveu o presidente norte-americano. Zimmerman foi absolvido por júri popular por legítima defesa. O vigilante seguiu o adolescente, que usava moletom com capuz. Ao se altercarem em uma briga, Zimmerman tirou um revólver e matou o rapaz, que estava desarmado. O líder democrata afirmou que queria dar "contexto", como resposta às dezenas de protestos após o veredicto, apesar de falar que o sistema judiciário "funciona dessa maneira, com defesa, acusação e juiz". Disparidade na lei No discurso, o presidente disse que a comunidade afro-americana sabe que há uma história de disparidades raciais na aplicação de leis criminais, da pena de morte ao combate às drogas. "Isso não quer dizer que a comunidade afro-americana é ingênua sobre o fato de que jovens afro-americanos são desproporcionalmente envolvidos no sistema criminal, como vítimas e perpetradores de violência. Mas há um contexto histórico". Para diversos analistas políticos americanos, Obama evita o tema racial por achar que o debate pode acabar se centrando nele próprio em vez da questão racial. Por ser uma figura polarizadora, ele fala pouco do assunto. Diante do silêncio, algumas lideranças negras cobraram posição do presidente, apesar da limitação de seus poderes. "Tradicionalmente, esses assuntos são de esfera local e estadual. Seria útil examinar algumas leis locais e estaduais", disse o presidente. "A violência que acontece nos bairros pobres negros ao redor do país surgem de um passado violento do nosso país, e que a pobreza e a disfunção que vemos nessas comunidades podem ser traçadas a essa história difícil", afirmou o líder democrata, que fez uma provocação: "Há um senso de que se um adolescente branco estivesse envolvido em um caso parecido, os resultados teriam sido diferentes de cima a baixo". Ele terminou a fala, tentando propor mudanças mias culturais que legais. "Como aprendemos lições disto e mudamos a uma direção positiva? A longo prazo, como estimulamos e apoiamos nossos jovens negros? Podemos fazer mais pelo senso de que o país se preocupa com eles, os valoriza e quer investir neles?", questionou o presidente. Durante sua fala, Barack Obama ainda criticou a postura dos políticos diante da questão racial. "Muita gente quer um debate nacional sobre raça. Só que não costuma ser produtivo quando é feito por políticos, termina politizado e entricheirado em posições que tinham antes. Precisamos discutir nas famílias, nas igrejas e nos ambientes de trabalho", terminou. Dia de mobilização A absolvição de Zimmerman reabriu o debate racial nos EUA, enquanto o Departamento de Justiça é pressionado a indiciar o ex-vigilante de origem hispânica sob acusações federais. Inúmeras manifestações cobrando igualdade racial foram marcados para hoje no país. ANÁLISE "Poucos afro-americanos neste país não tiveram a experiência de ser seguidos enquanto faziam compras em lojas de departamentos. Incluído eu" "Tradicionalmente, esses assuntos são de esfera local e estadual. Seria útil examinar algumas leis locais e estaduais" Barack Obama Presidente dos EUA
Posted on: Sat, 20 Jul 2013 12:57:52 +0000

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